domingo, setembro 09, 2007
‘O 3º Travesseiro’
Semana passada eu li este livro. Tive que esperar uns dias antes de pronunciar-me, para pensar bem, pois é incrível como até hoje eu só recebia boas recomendações sobre ele. Depois estamos falando de um texto que virou peça de teatro e roteiro de filme. Hoje questino-me se as pessoas referiam-se ao livro como um todo ou apenas a sua história.
É verdade que o li em dois serões e o último manteve-me acordado muito além daquilo que costumo me permitir num dia de semana, uma vez ter que levantar cedo para trabalhar no dia seguinte. O fato é que precisava terminar, apesar da ansiedade ter sido substituída por uma simples curiosisade..
Contudo, quando o terminei, pensei que ‘o 3º tavesseiro’ estava quase que só no título do que na história em si.
Percebo que a primeira metade do livro mexa com todos, quero dizer, é impossível lê-lo sem se identificar com alguma situação, com alguma frase. Todos nós passamos pela fase da decosberta, da dúvida. Todos nós tivemos um pai ou mãe, ou os dois, a terem que ser enfrentados e depois, acredito que todos nós tenhamos tido uma paixão forte, dessas que não podemos tirar as mãos de cima e fazemos loucuras com ela na cama, no carro, na cozinha, no parque...
Mas de repente, do meio do livro em diante, acelera-se uma correria de acontecimentos, sem que quase se tenha preparo ou porquês distintos. A revelação que a mãe de Marcus estava por detrás da ida de Beatriz para o hotel na costa paulista e a noite que ele passa com o tal miché, surgido do nada, acontece de uma forma tão fraca e superficial que, na minha opinião, mais parecia uma estória de ficção do que um texto baseado em fatos verídicos.
Depois de muitas brigas e porradas, sem que Renato quisesse ver Marcus, seu reecontro tem um diálogo bobo, um recomeço tão simples que, faltando maus e curtos capítulos para acabar o livro, apercebi-me que uma tragédia estava a caminho, sem surpresas.
Quando fiz meus comentários com meu companheiro, meio que indiguinado com a ausência de espírito do ‘o 3º traesseiro’, ele disse: Mas um terceiro travisseiro só serve para isso, para foder com um relacionamento. Calei-me.
Acabei por achar um livro extramente juvenil, com um paixão descrita por atos até bastante explícitos mas sem muito conteúdo que fortalecesse a idéia de um terceiro travesseiro naquela união. Não consegui sentir o livro como o relato de uma história de amor verdadeira.
Depois, ao começar o livro, li o comentário de Juarandir Pereira na contra-capa: ‘... E não foi o assunto em si que me inebriou. Foi a sua forma de a história ser contada.’. Eu, senti um pingo de salvaguarda neste comentário, ainda mais que, para mim, sua forma de iniciar as conversas interactivas entre as personagens, sem avisos, sem indicações, só exige do leitor uma atenção extra e a constante repetição de nomes nos diálogos, tornando, de novo, as conversas menos reais para mim.
Não quero bancar aqui ‘o metido’, mas a verdade é que acredito que esta história funcione melhor mesmo no cinema, onde talvez, consigamos perceber mais emoções expressas do que tesão.
De qualquer forma, se você ainda não o leu, leia, quanto mais não seja pelo prestígio do teor e do tema que tende a ficar apenas entre guetos.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.
Semana passada eu li este livro. Tive que esperar uns dias antes de pronunciar-me, para pensar bem, pois é incrível como até hoje eu só recebia boas recomendações sobre ele. Depois estamos falando de um texto que virou peça de teatro e roteiro de filme. Hoje questino-me se as pessoas referiam-se ao livro como um todo ou apenas a sua história.
É verdade que o li em dois serões e o último manteve-me acordado muito além daquilo que costumo me permitir num dia de semana, uma vez ter que levantar cedo para trabalhar no dia seguinte. O fato é que precisava terminar, apesar da ansiedade ter sido substituída por uma simples curiosisade..
Contudo, quando o terminei, pensei que ‘o 3º tavesseiro’ estava quase que só no título do que na história em si.
Percebo que a primeira metade do livro mexa com todos, quero dizer, é impossível lê-lo sem se identificar com alguma situação, com alguma frase. Todos nós passamos pela fase da decosberta, da dúvida. Todos nós tivemos um pai ou mãe, ou os dois, a terem que ser enfrentados e depois, acredito que todos nós tenhamos tido uma paixão forte, dessas que não podemos tirar as mãos de cima e fazemos loucuras com ela na cama, no carro, na cozinha, no parque...
Mas de repente, do meio do livro em diante, acelera-se uma correria de acontecimentos, sem que quase se tenha preparo ou porquês distintos. A revelação que a mãe de Marcus estava por detrás da ida de Beatriz para o hotel na costa paulista e a noite que ele passa com o tal miché, surgido do nada, acontece de uma forma tão fraca e superficial que, na minha opinião, mais parecia uma estória de ficção do que um texto baseado em fatos verídicos.
Depois de muitas brigas e porradas, sem que Renato quisesse ver Marcus, seu reecontro tem um diálogo bobo, um recomeço tão simples que, faltando maus e curtos capítulos para acabar o livro, apercebi-me que uma tragédia estava a caminho, sem surpresas.
Quando fiz meus comentários com meu companheiro, meio que indiguinado com a ausência de espírito do ‘o 3º traesseiro’, ele disse: Mas um terceiro travisseiro só serve para isso, para foder com um relacionamento. Calei-me.
Acabei por achar um livro extramente juvenil, com um paixão descrita por atos até bastante explícitos mas sem muito conteúdo que fortalecesse a idéia de um terceiro travesseiro naquela união. Não consegui sentir o livro como o relato de uma história de amor verdadeira.
Depois, ao começar o livro, li o comentário de Juarandir Pereira na contra-capa: ‘... E não foi o assunto em si que me inebriou. Foi a sua forma de a história ser contada.’. Eu, senti um pingo de salvaguarda neste comentário, ainda mais que, para mim, sua forma de iniciar as conversas interactivas entre as personagens, sem avisos, sem indicações, só exige do leitor uma atenção extra e a constante repetição de nomes nos diálogos, tornando, de novo, as conversas menos reais para mim.
Não quero bancar aqui ‘o metido’, mas a verdade é que acredito que esta história funcione melhor mesmo no cinema, onde talvez, consigamos perceber mais emoções expressas do que tesão.
De qualquer forma, se você ainda não o leu, leia, quanto mais não seja pelo prestígio do teor e do tema que tende a ficar apenas entre guetos.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.