segunda-feira, maio 24, 2010
Adeus 38.
Amanhã começa minha oficial contagem regressiva para deixar os ‘inta’ e abraçar os ‘enta’ de vez! Sim, porque passar dos 100, ao menos com o que se consegue da medicina hoje, não é um plano…
Despeço-me dos 38 sem olhar para trás. Não que eu me sinta amargo, ou ainda azedo, mas é que esta será a idade que para sempre lembrarei como a idade do cansaço. Por mais que os optimistas salientem que desta transição há de vir excelentes novos acontecimentos a minha vida, é-me difícil ignorar o rastro de destruição que deixo para trás.
Sei que foi necessário, sei que foi cirúrgico, sei que foi para um bem maior, mas toda a guerra ganha tem suas baixas, suas perdas. Via de regra, celebramos nossos feitos, exaltamos nossas conquistas ao celebrarmos mais uma idade que começa, mas tenciono deixar os confetes para o novo decanato.
Para amanhã, penso numa passagem discreta, com todo o mérito de seu propósito, claro. Contudo, sem o protocolo festivo. Aniversários para mim são sempre termómetros para alguma coisa, guaritas altas das quais vislumbramos o caminho de onde vimos, com as cores e nuances daquele por onde seguiremos.
Não quero pré ou provisões. Não quero promessas ou metas. Quero poder não querer.
Claro que ocorre-me uma sensação de que ‘a vida é curta’ e que vou desperdiçar um evento anual que deveria ser celebrado, blá. blá, blá, mas a verdade é que, apesar de haver muito por agradecer, há quase nada por celebrar. Silêncio. Deixemos assim. Que fique assim.
Esperança? É sempre bom falar de esperança, tê-la é ainda mais produtivo, sem dúvida. Espero que as coisas se componham, espero que seja branda a contagem regressiva e espero estar muito bem disposto e feliz para o próximo ano.
Adeus 38. Descanse, pobre cansada idade, em paz.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.
Amanhã começa minha oficial contagem regressiva para deixar os ‘inta’ e abraçar os ‘enta’ de vez! Sim, porque passar dos 100, ao menos com o que se consegue da medicina hoje, não é um plano…
Despeço-me dos 38 sem olhar para trás. Não que eu me sinta amargo, ou ainda azedo, mas é que esta será a idade que para sempre lembrarei como a idade do cansaço. Por mais que os optimistas salientem que desta transição há de vir excelentes novos acontecimentos a minha vida, é-me difícil ignorar o rastro de destruição que deixo para trás.
Sei que foi necessário, sei que foi cirúrgico, sei que foi para um bem maior, mas toda a guerra ganha tem suas baixas, suas perdas. Via de regra, celebramos nossos feitos, exaltamos nossas conquistas ao celebrarmos mais uma idade que começa, mas tenciono deixar os confetes para o novo decanato.
Para amanhã, penso numa passagem discreta, com todo o mérito de seu propósito, claro. Contudo, sem o protocolo festivo. Aniversários para mim são sempre termómetros para alguma coisa, guaritas altas das quais vislumbramos o caminho de onde vimos, com as cores e nuances daquele por onde seguiremos.
Não quero pré ou provisões. Não quero promessas ou metas. Quero poder não querer.
Claro que ocorre-me uma sensação de que ‘a vida é curta’ e que vou desperdiçar um evento anual que deveria ser celebrado, blá. blá, blá, mas a verdade é que, apesar de haver muito por agradecer, há quase nada por celebrar. Silêncio. Deixemos assim. Que fique assim.
Esperança? É sempre bom falar de esperança, tê-la é ainda mais produtivo, sem dúvida. Espero que as coisas se componham, espero que seja branda a contagem regressiva e espero estar muito bem disposto e feliz para o próximo ano.
Adeus 38. Descanse, pobre cansada idade, em paz.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.