domingo, setembro 24, 2006
Outono
O Outono por estas bandas não poderia ter entrado de uma forma mais clássica. Depois de uma longa vaga de tórrido calor, que cooperou para que a península Ibérica fosse mais uma vez devastada pelas queimas, o dia 21 amanheceu cinzento, chuvoso e bem fresco.
Pois foi assim, da noite para o dia, sem aviso. Esta época sempre me cala na alma. Primeiro, por saber que é o início de uma longa temporada de frio, muito, mas muito maior do que aquela que tivemos de calor e depois porque fatalmente ficamos mais introspectivos.
Conheci e desconheci pessoas, assim, também da noite para o dia. Ganhos e perdas contabilizam-se enquanto lavo minhas blusas de Inverno e coloco os cobertores para arejar. Estou triste. Talvez não triste, mas com vontade de estar quietinho, sabem como é?
Quando eu era criança eu tinha a fantasia que à medida que eu fosse envelhecendo, viver seria mais fácil. Mas não. Cada dia parece ser uma nova provação, trazer uma nova dificuldade, mas apesar de já andar há imenso tempo nisso, não quero postular isso como um fato. Ou talvez que seja um fato mas não com este fado. Talvez eu ainda não tenha entrado no rítimo, talvez eu mantenha uma expectativa que minha infantil fantasia se concretize e talvez ainda, eu precise da consciência desta dificuldade de forma que eu não mais seja pego de surpresa, assim, da noite para o dia.
Como as folhas desta época, minhas lembranças amarelam-se. Refletem-se nos meus álbuns de fotografias, nos meus livros e textos e seguimos, estação a pós estação construindo mais delas, a espera da primavera, que sempre chega, que sempre vem.
Esta semana não haverá crítica, conselho, comentário ou julgamentos. Quero desejar a todos um bom início de temporada, que estejam fortes, que sejam firmes e que tentem ao máximo criar momentos de felicidade. Para aqueles que iniciam outra época, noutra parte do mundo, que o descanso seja profundo e que alegria duradoura, recarreguem-se, pois lembrem-se que assim, da noite para do dia, tudo pode mudar.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.
O Outono por estas bandas não poderia ter entrado de uma forma mais clássica. Depois de uma longa vaga de tórrido calor, que cooperou para que a península Ibérica fosse mais uma vez devastada pelas queimas, o dia 21 amanheceu cinzento, chuvoso e bem fresco.
Pois foi assim, da noite para o dia, sem aviso. Esta época sempre me cala na alma. Primeiro, por saber que é o início de uma longa temporada de frio, muito, mas muito maior do que aquela que tivemos de calor e depois porque fatalmente ficamos mais introspectivos.
Conheci e desconheci pessoas, assim, também da noite para o dia. Ganhos e perdas contabilizam-se enquanto lavo minhas blusas de Inverno e coloco os cobertores para arejar. Estou triste. Talvez não triste, mas com vontade de estar quietinho, sabem como é?
Quando eu era criança eu tinha a fantasia que à medida que eu fosse envelhecendo, viver seria mais fácil. Mas não. Cada dia parece ser uma nova provação, trazer uma nova dificuldade, mas apesar de já andar há imenso tempo nisso, não quero postular isso como um fato. Ou talvez que seja um fato mas não com este fado. Talvez eu ainda não tenha entrado no rítimo, talvez eu mantenha uma expectativa que minha infantil fantasia se concretize e talvez ainda, eu precise da consciência desta dificuldade de forma que eu não mais seja pego de surpresa, assim, da noite para o dia.
Como as folhas desta época, minhas lembranças amarelam-se. Refletem-se nos meus álbuns de fotografias, nos meus livros e textos e seguimos, estação a pós estação construindo mais delas, a espera da primavera, que sempre chega, que sempre vem.
Esta semana não haverá crítica, conselho, comentário ou julgamentos. Quero desejar a todos um bom início de temporada, que estejam fortes, que sejam firmes e que tentem ao máximo criar momentos de felicidade. Para aqueles que iniciam outra época, noutra parte do mundo, que o descanso seja profundo e que alegria duradoura, recarreguem-se, pois lembrem-se que assim, da noite para do dia, tudo pode mudar.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.
Comments:
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Oi lindao! Realmente, tudo muda, da noite para o dia! E as estacoes do ano marcam mesmo as nossas vidas....no lembram de momentos, pessoas....que saudades do verao paulistano!
Bjs mil
com saudades
Elisangela
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Bjs mil
com saudades
Elisangela
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