domingo, dezembro 10, 2006
Cultura Gay (Mas nem tão alegre assim…)
Há anos que se houve falar de uma cultura gay. Contudo, perece que os elementos em evidência associados a ela, são apenas o de muita alegria: A festa do orgulho, Clubing, festas, moda, drogas e muito sexo.
Enquanto em muitos países da Europa, as paradas gays têm se revelado eventos repletos de famílias, de entes heterossexuais, com seus filhos, que invadem as ruas com mini bandeiras com as cores do arco-iris, tribulando à semelhança do sete de Setembro, o Brasil continua assistindo, em novelas e seriados, figuras homossexuais caricatas ou esteriotipadas, que nada mais representam do entreterimento.
Num país sexista, onde o pobre, a mulher gostosa e burra e as bichas, são o humor nacional por mais de 50 anos, o que realmente se entende como cultura gay?
Ser gay não é uma opção e sim uma condição. A única escolha possível, associada a este padrão, é de fato, viver ou não uma mentira, de forma a se ter uma vida mais amena e segura numa sociedade.
Eu acredito, e agora numa dimensão global, que não existe uma cultura gay. O que existe, ao meu ver, ainda é um movimento, que felizmente cresce e avisa o mundo de sua latente existencia.
Quando um casal gay fala em ‘minha cunhada’, ‘meu sogro’ ou ‘meu marido’, um manto de ilegitimidade parece surgir sobre a conversa, como se termos estivessem sendo usados por empréstimo, por uma pura falta de identidade. Em geral, são poucos os casais, que vivem juntos ou apenas namoram, que têm um Natal, uma festa de aniversário, uma formatura onde podem estar como duas pessoas que se amam e que cruzam a vida como um casal.
É uma épcoca onde a história está sendo escrita, numa espécie de limbo, como a que os filhos da ditadura viveram. Acredito que num futuro, que em 30 ou 50 anos, existam termos específicos, leis e custumes associados apenas aos casais homossexuais. Mas e hoje? Que regras, que moral seguem estas pessoas de vanguarda?
É tudo muito confuso. As pessoas foram criadas num mundo onde não se falava de homossexualidade sem que fosse de uma forma pejorativa. Logo, a formação recebida de comportamento era para se viver num molde heterossexual. Ao crescer e se perceber atraído pelo mesmo sexo, somado ao se querer ser feliz, começam as misturas incompativeis de gêneros e conceitos.
Ainda não conheci nenhum casal gay, brasileiro especialmente, que fuja a regra, ou seja: Namoram com a promessa de uma relação monogâmica, têm crises de ciúme, brigam e jogam as coisas um do outro pela janela quando descobrem infidelidades, mas ambos, seguramente, traem ou traíram, tão certo como o dia segue a noite.
O fato é que não existe psicologia aplicada sobre uma cultura gay. Mal as crianças de hoje sabem desta existência e apesar de haver muito mais tolerância, esta não veio como formação de uma sociedade e sim, talvez, por processos empíricos, da tangência de suas vidas com as de pessoas que, em seus mais ou menos dolorosos processos, batalhavam por provar serem também “normais”. Menos comuns, mas totalemnte normais.
Os assuntos são muitos. Primeiro e independente do gênero e da sexualidade, a forma como o ser humano lida psicologicamente com o sexo já cria raízes profundas que só vão causar bases de intersesção infundadas (venho discutindo isso ao longo dos meses).
O ser humano, desde que nasce, tem a “mania” do “eu quero”. Crescem em birra “querendo” que as coisas se moldem às suas vontades. E assim vejo nossas sociedades, com as pessoas “querendo” que a natureza masculina e feminina sejam iguais, que ambos o sexos sintam as impressões do mundo da mesma forma, quando sequer quimicamente somos iguais.
Ninguém, parece prestar atenção à história. Elas nos diz tudo!
Eu acredito que héteros e homos são infelizes pela própria ignorância de nossas naturezas, associado aos racionais padrões de comportamento que se vem “querendo” que sejam os corretos ao longo do último século, infância do romantismo.
Baseados nestas cartilhas, que não são o mapa psicológico real da sensibildade humana, nós temos rapazes e raparigas que incorporaram os mais diversos traços de suas influências comportamentalistas na infância, masculina e feminina. Assim, a mistura é total!
Todos sabem que a mulher, a muito pouco tempo atrás, não podia sequer votar. Elas eram responsáveis pelo lar, pela criação dos filhos e deviam ser exemplos de (uma) virtude onde passavam a assumir apenas a figura de mãe. A mulher e profissional traçaram um longo caminho histórico para chegarem ao que são hoje. O homem, sempre proveu, decidiu, sempre foi a coluna da casa.
O peso desta história é-nos passado através de nossa formação. Muitos de nós agem muito intuivamente, ou inconscinetemente, e se usarmos de nossa razão para endorsarmos estas memórias, como sobreviver num mundo real?
De uma forma proporcional a que os héteros matém casos amorosos escondidos, os gays apaixonam-se pelas novas caras que cruzam seus caminhos e uma lista de relacionamentos vai ficando para trás. Gênero nenhum ainda entendeu o que é e como fucniona uma paixão, “querendo” que esta seja o seu amor eterno (e prometido sabe Deus por quem), confusos numa idéia que viver a dois seja viver tendo orgasmos de intensa perfeição.
Eventualmente, homens e mulheres, não por terem amadurecido, mas por se sentirem cansados, usados e fracassados, sucumbem ao padrão “é hora de acalmar” e sem terem transformado o “eu quero” em “eu gostaria”, apenas igonoram-se e daí em diante, seguindo em piloto automático, acham a segurança, a dita estabilidade, ainda que passem a viver progressivamente em apatia.
Ser gay é existir num mundo sem fundo, sem padrão. Algo que só no futuro existirá.
As pessoas não percebem que do que se sabe, desta liberdade, confundida com libertinagem, envolta em doses cavalares de confusão, é exatamente, e já, a consciência de não se caber num padrão!
Dê esta liberdade ao seu parceiro, parceira, esposa, esposo, seja lá o termo que o defina e você estará ganhando uma companhia leal, uma segunça duradoura e verdadeira. Quiçá, amor.
Ser gay é “ter que ser” o mais alegre possível para não se perder o norte, para se ser forte na responsabilidade de se estar criando um fundo, uma base, um padrão. Não tem sentido casais se inputarem as cobranças e espectativas que andam fazendo, oculto pelas mentiras de suas vidas paralelas. (não que isso não sirva para qualuqer sexulaidade). A infelicidade tem sido o preço a pagar.
Antes das leis, antes que uma sociedade aceite, é preciso planear, mostrar o porquê devem ter leis, o que porquê se deve ser aceito. Não se deve sair pela ruas “querendo” que se seja engulido, mas sim, mostrando que viver sua sexulaidade de forma plena é tão vital quanto o direito à água e a terra, tão e simplesmente, por sermos humanos.
Dedico este texto a todas as pessoas que se sintam deslocadas, cansadas ou vitimadas por uma “vida madrasta”. Pense sobre o que realmente lhes faria feliz, onde reside o seu padrão de bem estar e libertem-se, a si e ao que amam, dos conceitos que os prendem a falsas vidas, ou como se dizia naquele movimento um tempo atrás, ‘dêm o direito de voto às mulheres...’
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.
Há anos que se houve falar de uma cultura gay. Contudo, perece que os elementos em evidência associados a ela, são apenas o de muita alegria: A festa do orgulho, Clubing, festas, moda, drogas e muito sexo.
Enquanto em muitos países da Europa, as paradas gays têm se revelado eventos repletos de famílias, de entes heterossexuais, com seus filhos, que invadem as ruas com mini bandeiras com as cores do arco-iris, tribulando à semelhança do sete de Setembro, o Brasil continua assistindo, em novelas e seriados, figuras homossexuais caricatas ou esteriotipadas, que nada mais representam do entreterimento.
Num país sexista, onde o pobre, a mulher gostosa e burra e as bichas, são o humor nacional por mais de 50 anos, o que realmente se entende como cultura gay?
Ser gay não é uma opção e sim uma condição. A única escolha possível, associada a este padrão, é de fato, viver ou não uma mentira, de forma a se ter uma vida mais amena e segura numa sociedade.
Eu acredito, e agora numa dimensão global, que não existe uma cultura gay. O que existe, ao meu ver, ainda é um movimento, que felizmente cresce e avisa o mundo de sua latente existencia.
Quando um casal gay fala em ‘minha cunhada’, ‘meu sogro’ ou ‘meu marido’, um manto de ilegitimidade parece surgir sobre a conversa, como se termos estivessem sendo usados por empréstimo, por uma pura falta de identidade. Em geral, são poucos os casais, que vivem juntos ou apenas namoram, que têm um Natal, uma festa de aniversário, uma formatura onde podem estar como duas pessoas que se amam e que cruzam a vida como um casal.
É uma épcoca onde a história está sendo escrita, numa espécie de limbo, como a que os filhos da ditadura viveram. Acredito que num futuro, que em 30 ou 50 anos, existam termos específicos, leis e custumes associados apenas aos casais homossexuais. Mas e hoje? Que regras, que moral seguem estas pessoas de vanguarda?
É tudo muito confuso. As pessoas foram criadas num mundo onde não se falava de homossexualidade sem que fosse de uma forma pejorativa. Logo, a formação recebida de comportamento era para se viver num molde heterossexual. Ao crescer e se perceber atraído pelo mesmo sexo, somado ao se querer ser feliz, começam as misturas incompativeis de gêneros e conceitos.
Ainda não conheci nenhum casal gay, brasileiro especialmente, que fuja a regra, ou seja: Namoram com a promessa de uma relação monogâmica, têm crises de ciúme, brigam e jogam as coisas um do outro pela janela quando descobrem infidelidades, mas ambos, seguramente, traem ou traíram, tão certo como o dia segue a noite.
O fato é que não existe psicologia aplicada sobre uma cultura gay. Mal as crianças de hoje sabem desta existência e apesar de haver muito mais tolerância, esta não veio como formação de uma sociedade e sim, talvez, por processos empíricos, da tangência de suas vidas com as de pessoas que, em seus mais ou menos dolorosos processos, batalhavam por provar serem também “normais”. Menos comuns, mas totalemnte normais.
Os assuntos são muitos. Primeiro e independente do gênero e da sexualidade, a forma como o ser humano lida psicologicamente com o sexo já cria raízes profundas que só vão causar bases de intersesção infundadas (venho discutindo isso ao longo dos meses).
O ser humano, desde que nasce, tem a “mania” do “eu quero”. Crescem em birra “querendo” que as coisas se moldem às suas vontades. E assim vejo nossas sociedades, com as pessoas “querendo” que a natureza masculina e feminina sejam iguais, que ambos o sexos sintam as impressões do mundo da mesma forma, quando sequer quimicamente somos iguais.
Ninguém, parece prestar atenção à história. Elas nos diz tudo!
Eu acredito que héteros e homos são infelizes pela própria ignorância de nossas naturezas, associado aos racionais padrões de comportamento que se vem “querendo” que sejam os corretos ao longo do último século, infância do romantismo.
Baseados nestas cartilhas, que não são o mapa psicológico real da sensibildade humana, nós temos rapazes e raparigas que incorporaram os mais diversos traços de suas influências comportamentalistas na infância, masculina e feminina. Assim, a mistura é total!
Todos sabem que a mulher, a muito pouco tempo atrás, não podia sequer votar. Elas eram responsáveis pelo lar, pela criação dos filhos e deviam ser exemplos de (uma) virtude onde passavam a assumir apenas a figura de mãe. A mulher e profissional traçaram um longo caminho histórico para chegarem ao que são hoje. O homem, sempre proveu, decidiu, sempre foi a coluna da casa.
O peso desta história é-nos passado através de nossa formação. Muitos de nós agem muito intuivamente, ou inconscinetemente, e se usarmos de nossa razão para endorsarmos estas memórias, como sobreviver num mundo real?
De uma forma proporcional a que os héteros matém casos amorosos escondidos, os gays apaixonam-se pelas novas caras que cruzam seus caminhos e uma lista de relacionamentos vai ficando para trás. Gênero nenhum ainda entendeu o que é e como fucniona uma paixão, “querendo” que esta seja o seu amor eterno (e prometido sabe Deus por quem), confusos numa idéia que viver a dois seja viver tendo orgasmos de intensa perfeição.
Eventualmente, homens e mulheres, não por terem amadurecido, mas por se sentirem cansados, usados e fracassados, sucumbem ao padrão “é hora de acalmar” e sem terem transformado o “eu quero” em “eu gostaria”, apenas igonoram-se e daí em diante, seguindo em piloto automático, acham a segurança, a dita estabilidade, ainda que passem a viver progressivamente em apatia.
Ser gay é existir num mundo sem fundo, sem padrão. Algo que só no futuro existirá.
As pessoas não percebem que do que se sabe, desta liberdade, confundida com libertinagem, envolta em doses cavalares de confusão, é exatamente, e já, a consciência de não se caber num padrão!
Dê esta liberdade ao seu parceiro, parceira, esposa, esposo, seja lá o termo que o defina e você estará ganhando uma companhia leal, uma segunça duradoura e verdadeira. Quiçá, amor.
Ser gay é “ter que ser” o mais alegre possível para não se perder o norte, para se ser forte na responsabilidade de se estar criando um fundo, uma base, um padrão. Não tem sentido casais se inputarem as cobranças e espectativas que andam fazendo, oculto pelas mentiras de suas vidas paralelas. (não que isso não sirva para qualuqer sexulaidade). A infelicidade tem sido o preço a pagar.
Antes das leis, antes que uma sociedade aceite, é preciso planear, mostrar o porquê devem ter leis, o que porquê se deve ser aceito. Não se deve sair pela ruas “querendo” que se seja engulido, mas sim, mostrando que viver sua sexulaidade de forma plena é tão vital quanto o direito à água e a terra, tão e simplesmente, por sermos humanos.
Dedico este texto a todas as pessoas que se sintam deslocadas, cansadas ou vitimadas por uma “vida madrasta”. Pense sobre o que realmente lhes faria feliz, onde reside o seu padrão de bem estar e libertem-se, a si e ao que amam, dos conceitos que os prendem a falsas vidas, ou como se dizia naquele movimento um tempo atrás, ‘dêm o direito de voto às mulheres...’
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.