segunda-feira, abril 05, 2010

 
Duração de um Casamento



Durante anos, tenho andado por aqui a procurar a melhor palavra para descrever o quê mantém um casamento. ‘Amor’ foi logo uma que discartei de arranque, pois eu amo minha mãe, por exemplo, mas aos 18 anos fui morar sozinho. Depois porque lembro da pequena lista de pessoas que disseram no passado estarem apaixonadas por mim, que me amavam e no entanto, algo se passou pois... onde estão mesmo estas pessoas?

Bem, na sequência surgiu o ‘respeito’, mas era claro e óbvio para mim que este componente é requerido e necessário para qualuer tipo de relacionamento, logo não constituía caso efectivo para minha procura.

Então durante algum bom tempo eu acreditei que o que fazia um casamento durar era simplesmente ‘a vontade de se estar casado’. Não é algo que todos sintam e esta vontade parece ser mesmo mais forte do que uma promessa. Sério! Garanto-vos ser ums sensação real e que, de uma estranha forma, nos dá força e coragem para ultrapassar os problemas.

Entretanto, percebi que, apesar de postular ser verdadeira e muito forte esta possibilidade, havia casais de longa data que não se apoiavam nesta sensação. E a procura continuava.

Mais recentemente, andei apostando que o que fazia um casamento durar era a ‘indisponibilidade’. Enquanto sentíamo-nos indisponíveis, no nosso coração, para outras pessoas, tínhamos sempre o foco na pessoa certa. Talvez algo como: se tenho só um porta na casa, será só por ela por onde entrarei e sairei...

Contudo, apercebi-me que a ‘indisponibilidade’ tinha que ser alimentada por algo e pior, que ela era passiva de podia se tranformar em ‘disponibilidade’, quiçá, pela falta deste mesmo alimento.

Foi aí que ocorreu-me a ‘compensação’! Parece-me não haver ‘amor’, ‘respeito’, ‘vontade’ ou ‘indisponibilidade’ que não precise ser alimentada, exercitada e todas precisam de combustível, precisam provar valer à pena e aí entra a ‘compensação’. Enquanto um sente-se satisfeito, enquanto um sente que por mais que haja problemas, o saldo continua a ser positivo, todos os outros sentimentos estão cobertos.

Claro que a ‘compensação’ abre discussão para os mais possíveis temas do exercíco, ou seja, compensação sexual, de comapanhia, de alguém que torna a vida de um mais fácil, alguém que lhe faz sentir firme e centrado ou ainda, uma combinação de muitas possibilidades. Entendo que a ‘compensação’ varia de pessoa para pessoa, de natureza para natureza, de sensibilidade para sensibilidade e talvez por isso seja tão difícl chegar a um concenso sobre o que, afinal, faz um casamento durar.

Independente de qual seja a ‘compensação’ que você precisa no seu casamento, é importante que a outra metade também a perceba, caso contrário, não há ‘amor’, ‘vontade’ ou ‘lealdade’ que chegue à tempo!

Um bom dia para todos.

Eduardo Divério.

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