domingo, julho 04, 2010
Decisões e Garantias
Proponho um exercício: pense em três decisões que mudaram sua vida. Estou certo que há uma lista longa delas, mas pense naquelas de significativo impacto. Agora, para cada uma destas lembranças, trilhe seus seguimentos, seus desfechos, siga pelos acontecimentos e inevitavelmente, estou certo, irá esbarrar, novamente, num outro momento de decisão.
Decisões só garantem um momento. Pode até ser que tenham um efeito mais prolongado, mas nada está assegurado e acaba sempre por ser o início de um novo caminho, de um novo universo que nasce a nossa frente, repleto de novas decisões a serem tomadas. Imprevisível quase sempre.
No ponto da vida em que me encontro, relembro a quantidade de vezes que tentava tomar decisões com uma exaustiva tendência em conjugar possibilidades, de forma a tentar garantir isso ou aquilo no futuro.
Mas se ‘a esperança’, ‘o sangue’ e ‘a victória’, apesar de correctas e promissoras decisões, não evitaram que uma cidade inteira passasse uma noite sem dormir, como esperar que ‘a bússula’, ‘o origame’ e ‘o piano’, de endereço desconhecido, possam garantir um sono tranquilo?
O tempo urge. Sem garantias.
É que depois dos ‘Golrilas e das Girafas’ a semana foi densa. É-me difícil acordar com mais alguns fios de cabelo branco, ao mesmo tempo que sinto uma enrome sensação de estagnação, de vida mal aproveitada, da falta disso ou daquilo. Não tanto pelos cabelos brancos, estes independem de decisões, mas mais pela falta de qualidade de e na vida, qualidade nos sentimentos e emoções que, por acaso, nos mantém mais tempo jovens.
Tanta vida se perde, tantas lembranças deixam de nascer. Tanta angústia se cria, tanta regra se aplica e garantido... só o tempo.
Casamentos se desfazem, pais se separam, filhos morrem, maridos traem, a bolsa de valores cai e até empregos se perdem.
Que as decisões sejam honestas e que nos tragam qualidade de vida, plena, pelo tempo que as dure, sem pretensões, sem pressões e sempre, por favor, com humanidade.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.
Proponho um exercício: pense em três decisões que mudaram sua vida. Estou certo que há uma lista longa delas, mas pense naquelas de significativo impacto. Agora, para cada uma destas lembranças, trilhe seus seguimentos, seus desfechos, siga pelos acontecimentos e inevitavelmente, estou certo, irá esbarrar, novamente, num outro momento de decisão.
Decisões só garantem um momento. Pode até ser que tenham um efeito mais prolongado, mas nada está assegurado e acaba sempre por ser o início de um novo caminho, de um novo universo que nasce a nossa frente, repleto de novas decisões a serem tomadas. Imprevisível quase sempre.
No ponto da vida em que me encontro, relembro a quantidade de vezes que tentava tomar decisões com uma exaustiva tendência em conjugar possibilidades, de forma a tentar garantir isso ou aquilo no futuro.
Mas se ‘a esperança’, ‘o sangue’ e ‘a victória’, apesar de correctas e promissoras decisões, não evitaram que uma cidade inteira passasse uma noite sem dormir, como esperar que ‘a bússula’, ‘o origame’ e ‘o piano’, de endereço desconhecido, possam garantir um sono tranquilo?
O tempo urge. Sem garantias.
É que depois dos ‘Golrilas e das Girafas’ a semana foi densa. É-me difícil acordar com mais alguns fios de cabelo branco, ao mesmo tempo que sinto uma enrome sensação de estagnação, de vida mal aproveitada, da falta disso ou daquilo. Não tanto pelos cabelos brancos, estes independem de decisões, mas mais pela falta de qualidade de e na vida, qualidade nos sentimentos e emoções que, por acaso, nos mantém mais tempo jovens.
Tanta vida se perde, tantas lembranças deixam de nascer. Tanta angústia se cria, tanta regra se aplica e garantido... só o tempo.
Casamentos se desfazem, pais se separam, filhos morrem, maridos traem, a bolsa de valores cai e até empregos se perdem.
Que as decisões sejam honestas e que nos tragam qualidade de vida, plena, pelo tempo que as dure, sem pretensões, sem pressões e sempre, por favor, com humanidade.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.