segunda-feira, julho 26, 2010
Libido (do latim, significando "desejo" ou "anseio") é caracterizada como a energia proveitável para os instintos de vida. Mas mais conhecida quando relacionada à energia sexual.
No universo do pai da psicologia, esta força está presente desde o nascimento e conduz o indivíduo pelas célebres fases oral, anal, genital, latência... blá, blá, blá.
Teorias, hipóteses, teses ou postulações à parte, é um facto que tudo em nossa vida resume-se em gostei ou não gostei, foi bom ou mal, vontade, sensação e desejo, libido.
Compreender as diversas fases da actuação da libido é não só muito interessante, como inesperadamente, a mim era, identificadora, sinalizadora pelo menos, e dá-nos um noção de onde estão nossas bases, de onde vêm nossos automáticos, quase impensáveis, mecanismos de julgamento.
Quando um ‘cachorro mordido por cobra, tem medo de linguiça’ pensem lá como uma criança, uma mente em branco, vive seus anseios em desbravar o mundo? Em vivê-lo? Senti-lo?
O conceito de trauma faz parte do nosso linguajar cotidiano comum. É muito usado e empregue, mas via-de-regra, associado apenas a eventos óbvios, ás consquências psicologicas de um em relação a morte inesperada de alguém querido ou um acidente horrível, como se só assim fosse possível aceitar que nos fragilizamos por algo ocorrido a nós. Do contrário, poderia ser vergonhoso...
Eu acho que Pavlov estava certíssimo e somos o resultado do condicionamento de comportamentos, de repetições, seja do que façamos, ouvimos ou vemos.
Então, quando uma mãe domina seu filho e atribuí-lhe tarefas que jamais deveriam ser de sua competência, o quê pode acontecer quando a libido assalta este ex-infante que mais tem actuado (repetindo e condicinando comportamentos) como ‘companheiro’, ‘empregada doméstica’ e ‘ama do irmão mais novo’, do que apenas só um filho?
O jovem quando começa a namorar outra pessoa, não está experienciando amor pela primeira vez, pois tal sentimento já lhe é íntimo, pois o nutria pela sua mãe, pelo seu pai, pela sua família e este registo está lá, habita em seu ser e estará sempre em comparação, uma referência.
Se o registo que ele tem, do viver em família, conter angústia, ansiedade, incompreenção ou descaso, parece-me linear que tão logo alguém no seu futuro comece a se tornar ínitmo, amadado, como são os de sua família, que este registo, esta memoria sensorial, o assalte de forma confusa e uma ‘não sei de onde vem isso’ sensação de insatisfação comece a formar um desagradável menage à tróis.
Num cenário como este, paixões serão golfadas de ar fresco, esperança pura de libertação, de mudar o pano de fundo, o próprio roteiro se possível. Uma nova paixão traz sempre uma promessa, o receber atenção, um espectador, traz aquele que muito quer lhe conhecer, saber de si! Traz todo um conjunto de sensações que aconchega o infante e satisfaz o actual adulto.
A verdade é que, por esta altura, quando um sai à procura da parceria, todos os seus sentimentos já são conhecidos, da liberdade à pressão, do alívio à culpa, do prazer à obrigação, todo o mapa emocional já fora traçado e para cada nova situação que ocorra, uma velha sensação virá do fundo como referência. De forma condicionada.
Imagine que vocês está fazendo uma salada de frutas. Dentro de uma pote você já tem pedaços de maçã, de banana, melão e morangos. Metaforicamente, podem ser seu sentimento de liberdade, de amor, de fraternidade, de lealdade ou comapanherismo. Para completar esta salada, falta o sumo de laranja, certo? É uma recitinha comum... este sumo, estas hormonas, esta energia, a libido, espalha-se ocupando todos os espaços, contornando os pedaços, enxarcando as polpas, cobrindo topos, elevando partes à tona no pote.
Parece tudo muito injusto e fora do nossocontrole, não é? E é, como crianças, não temos estrutura mental, intelegência e estudo, para perceber que as pessoas responsáveis por nós são uns ‘nabos’, apesar de nos amarem muito, claro.
Contudo, apesar de para mim tudo ter uma receita, nem todas são iguais e caso dois ou três dos meus parágrafos favoritos acima não lhe diga nada, deixo então aqui um que garada a todos:
Um indivíduo de perfil ardiloso, preguisoço, pouco honesto e com muitos problemas por causa disso, educou dois filhos, gêmeos. Um era a sua cópia e o outro, um exemplo de retidão, presteza e boa índole. Então, perguntaram aos dois irmãos como eles explicavam a pessoa que eram e ambos deram a mesma resposta: ‘O que esperavas que eu fosse tendo um pai como o meu?’.
Injusto, mas sempre com escolhas, cedo ou tarde.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.
No universo do pai da psicologia, esta força está presente desde o nascimento e conduz o indivíduo pelas célebres fases oral, anal, genital, latência... blá, blá, blá.
Teorias, hipóteses, teses ou postulações à parte, é um facto que tudo em nossa vida resume-se em gostei ou não gostei, foi bom ou mal, vontade, sensação e desejo, libido.
Compreender as diversas fases da actuação da libido é não só muito interessante, como inesperadamente, a mim era, identificadora, sinalizadora pelo menos, e dá-nos um noção de onde estão nossas bases, de onde vêm nossos automáticos, quase impensáveis, mecanismos de julgamento.
Quando um ‘cachorro mordido por cobra, tem medo de linguiça’ pensem lá como uma criança, uma mente em branco, vive seus anseios em desbravar o mundo? Em vivê-lo? Senti-lo?
O conceito de trauma faz parte do nosso linguajar cotidiano comum. É muito usado e empregue, mas via-de-regra, associado apenas a eventos óbvios, ás consquências psicologicas de um em relação a morte inesperada de alguém querido ou um acidente horrível, como se só assim fosse possível aceitar que nos fragilizamos por algo ocorrido a nós. Do contrário, poderia ser vergonhoso...
Eu acho que Pavlov estava certíssimo e somos o resultado do condicionamento de comportamentos, de repetições, seja do que façamos, ouvimos ou vemos.
Então, quando uma mãe domina seu filho e atribuí-lhe tarefas que jamais deveriam ser de sua competência, o quê pode acontecer quando a libido assalta este ex-infante que mais tem actuado (repetindo e condicinando comportamentos) como ‘companheiro’, ‘empregada doméstica’ e ‘ama do irmão mais novo’, do que apenas só um filho?
O jovem quando começa a namorar outra pessoa, não está experienciando amor pela primeira vez, pois tal sentimento já lhe é íntimo, pois o nutria pela sua mãe, pelo seu pai, pela sua família e este registo está lá, habita em seu ser e estará sempre em comparação, uma referência.
Se o registo que ele tem, do viver em família, conter angústia, ansiedade, incompreenção ou descaso, parece-me linear que tão logo alguém no seu futuro comece a se tornar ínitmo, amadado, como são os de sua família, que este registo, esta memoria sensorial, o assalte de forma confusa e uma ‘não sei de onde vem isso’ sensação de insatisfação comece a formar um desagradável menage à tróis.
Num cenário como este, paixões serão golfadas de ar fresco, esperança pura de libertação, de mudar o pano de fundo, o próprio roteiro se possível. Uma nova paixão traz sempre uma promessa, o receber atenção, um espectador, traz aquele que muito quer lhe conhecer, saber de si! Traz todo um conjunto de sensações que aconchega o infante e satisfaz o actual adulto.
A verdade é que, por esta altura, quando um sai à procura da parceria, todos os seus sentimentos já são conhecidos, da liberdade à pressão, do alívio à culpa, do prazer à obrigação, todo o mapa emocional já fora traçado e para cada nova situação que ocorra, uma velha sensação virá do fundo como referência. De forma condicionada.
Imagine que vocês está fazendo uma salada de frutas. Dentro de uma pote você já tem pedaços de maçã, de banana, melão e morangos. Metaforicamente, podem ser seu sentimento de liberdade, de amor, de fraternidade, de lealdade ou comapanherismo. Para completar esta salada, falta o sumo de laranja, certo? É uma recitinha comum... este sumo, estas hormonas, esta energia, a libido, espalha-se ocupando todos os espaços, contornando os pedaços, enxarcando as polpas, cobrindo topos, elevando partes à tona no pote.
Parece tudo muito injusto e fora do nossocontrole, não é? E é, como crianças, não temos estrutura mental, intelegência e estudo, para perceber que as pessoas responsáveis por nós são uns ‘nabos’, apesar de nos amarem muito, claro.
Contudo, apesar de para mim tudo ter uma receita, nem todas são iguais e caso dois ou três dos meus parágrafos favoritos acima não lhe diga nada, deixo então aqui um que garada a todos:
Um indivíduo de perfil ardiloso, preguisoço, pouco honesto e com muitos problemas por causa disso, educou dois filhos, gêmeos. Um era a sua cópia e o outro, um exemplo de retidão, presteza e boa índole. Então, perguntaram aos dois irmãos como eles explicavam a pessoa que eram e ambos deram a mesma resposta: ‘O que esperavas que eu fosse tendo um pai como o meu?’.
Injusto, mas sempre com escolhas, cedo ou tarde.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.