domingo, agosto 08, 2010
Última semana, por enquanto...
So this is it, esta é minha última semana em Lisboa. Sexta-feira embarco de volta para UK, um reencontrto há muito adiado, atrasado e até desviado.
Vim por uma temporada, era um plano estratégico, o de refazer meu CV, agilizar nosso patrimônio e à espera do momento adequado para poder retornar, acabou por fazer-me refém deste plano.
Submeti-me e permiti-me a passar por situações e condições que envenaram meus dias, meu coração e minha alma e lançaram-me à deriva das incertezas, sozinho contra um exército de insastifação e perdido no escuro, à procura de um farol que me indicasse terra firme.
Agora, ao contrário de tudo o que me manteve aqui, longe de qualuer condição que tenha pensado como ideal para meu regresso, estou finalmente de partida marcada, iminente. Assustado, claro, tenho tratado dos últimos acertos por cá, aqueles que prescedem uma emigração. Mais uma.
Quantos destes movimentos seremos capazes de aguentar? Estarei eu viciado em migrar? É verdade que me pego com o desejo de livrar-me de entulhos, daquelas coisas nas gavetas, ou das caixas com lembranças. Por vezes chego mesmo a pensar que ter uma sala de jantar é uma estravagância desnecessária e que seria, de certo, um incômodo a mais, caso eu mudasse, de novo!
Algo se passou dentro de mim e um estranho desejo de romper com amarras, de cortar com âncoras fluí por minhas veias. Talvez a ‘miserável’ qualidade de vida a qual me espuz entre os 34 e os derradeiros 38, tenham me marcado, tenham me ensinado a sentir o meio de outra forma, com outra perspectiva.
Parto feliz. Parto com uma estranha sensação de realização, sem que nada de concreto eu possa realmente definir. Dei-me a oportunidade de romper com pessoas no passado, do passado e mesmo do presente. Neste meio tempo, resgatei outras e conheci algumas que imprimiram-se em minha alma, com elas fui apresentado aos seus universos e ganhei uma coleção de pessoas maravilhosas. Fiz as pazes com Lisboa.
Lisboa é uma pérola. Lisboa é a minha casa, mas isso é um segredo.
Gosto de pensar que a minha frente estão um mar de oportunidades, um oceano de possibilidades e uma avalanche de gente nova, com suas idéias, seus pensamentos e seus amigos.
Até logo Lisboa. Cuide bem de meus amigos, as saudades já me são profundas e a ti meu muito obrigado, a todos que por cá ficam, todo meu amor e a promessa da contanste lembrança, de constante contacto e claro, muito movimento.
Uma boa ‘última’ semana para todos.
Eduardo Divério.
So this is it, esta é minha última semana em Lisboa. Sexta-feira embarco de volta para UK, um reencontrto há muito adiado, atrasado e até desviado.
Vim por uma temporada, era um plano estratégico, o de refazer meu CV, agilizar nosso patrimônio e à espera do momento adequado para poder retornar, acabou por fazer-me refém deste plano.
Submeti-me e permiti-me a passar por situações e condições que envenaram meus dias, meu coração e minha alma e lançaram-me à deriva das incertezas, sozinho contra um exército de insastifação e perdido no escuro, à procura de um farol que me indicasse terra firme.
Agora, ao contrário de tudo o que me manteve aqui, longe de qualuer condição que tenha pensado como ideal para meu regresso, estou finalmente de partida marcada, iminente. Assustado, claro, tenho tratado dos últimos acertos por cá, aqueles que prescedem uma emigração. Mais uma.
Quantos destes movimentos seremos capazes de aguentar? Estarei eu viciado em migrar? É verdade que me pego com o desejo de livrar-me de entulhos, daquelas coisas nas gavetas, ou das caixas com lembranças. Por vezes chego mesmo a pensar que ter uma sala de jantar é uma estravagância desnecessária e que seria, de certo, um incômodo a mais, caso eu mudasse, de novo!
Algo se passou dentro de mim e um estranho desejo de romper com amarras, de cortar com âncoras fluí por minhas veias. Talvez a ‘miserável’ qualidade de vida a qual me espuz entre os 34 e os derradeiros 38, tenham me marcado, tenham me ensinado a sentir o meio de outra forma, com outra perspectiva.
Parto feliz. Parto com uma estranha sensação de realização, sem que nada de concreto eu possa realmente definir. Dei-me a oportunidade de romper com pessoas no passado, do passado e mesmo do presente. Neste meio tempo, resgatei outras e conheci algumas que imprimiram-se em minha alma, com elas fui apresentado aos seus universos e ganhei uma coleção de pessoas maravilhosas. Fiz as pazes com Lisboa.
Lisboa é uma pérola. Lisboa é a minha casa, mas isso é um segredo.
Gosto de pensar que a minha frente estão um mar de oportunidades, um oceano de possibilidades e uma avalanche de gente nova, com suas idéias, seus pensamentos e seus amigos.
Até logo Lisboa. Cuide bem de meus amigos, as saudades já me são profundas e a ti meu muito obrigado, a todos que por cá ficam, todo meu amor e a promessa da contanste lembrança, de constante contacto e claro, muito movimento.
Uma boa ‘última’ semana para todos.
Eduardo Divério.