segunda-feira, outubro 10, 2011
Meia-noite em Nova Iorque
Para mim, segue-se
sempre um breve suspiro quando o táxi adentra Manhattan e começamos a
identificar aquelas ‘míticas’ formas dos prédios urbanos mais conhecidos do
planeta contra o céu, sob o luar, completamente iluminados e luminosos.
A abundância do Deco regala-me os olhos e tudo gira em
torno do apenas estar em Nova Iorque, nas suas ruas numeradas, pelos seus
blocos de distância equivalente, pelos seus restaurantes e distritos, sem que
se tenha de facto algo agendado, uma razão para lá se estar. Nem mesmo para
turismo.
Um final de
semana em Nova Iorque é como eu gostaria que fossem todos os meus finais de
semana! Cruzar um bairro cheio de charme para um brunch num dinner cheio
de personalidade; encontrar inesperadamente uma feira de arte, artesanato,
livros ou comida pelas ruas e se perder no horário; pegar um cineminha de fim
de tarde num teatro de rua; jantar num restaurante de iluminação trabalhada, com
uma louça original e ementas criativas; tomar um cocktail num bar badalado; passar a tarde no Central Park; descobrir prédios com arquitetura e detalhes memorávelmente
únicos e andar muito de táxi, para cima e para baixo!
É um contexto, um
conjunto de coisas que, na verdade, poderiam ser feitas em qualquer cidade, em
qualquer final de semana, mas sem o Empire
States ou o Chrysler Building à
volta, sem a Brooklyn Bridge ou a
Biblioteca Pública, sem a Park Avenue ou o Central
Park, sem China Town e West Village – fala sério! – sem
cachorro quente por 2 dólares pelas esquinas e sem Art Deco!! De quê jeito?
A cidade se
transforma, vai se transformando ao longo do dia, ao longo da noite. Uma legião
de turistas dá lugar a um mar de trabalhadores deixando seus ofícios a caminho
de casa, de um bar ou de um restaurante. Pequenas lancherias transformam-se em night clubs e há música vindo de todos
os lados. Buzinas e sirenes também. É um rítimo, uma energia.
Claro, está cheia
de coisas estranhas, de gente mal-educada e existe uma estranha onda
escatológica subversiva que nos oprime e nos leva ao choque quando menos
esperamos – lembranças para esquecer – mas ainda assim, só Nova Iorque.
É um caso, é
paixonite mesmo, é querer estar lá, não sair de lá, viver lá.
I love New York!
Uma boa semana
para todos.
Eduardo Diverio