sexta-feira, agosto 20, 2010
Acreditar
Acreditar, sabe-se, ser a chave para grandes eventos, grandes acontecimentos e grandes conquistas. Também sabe-se de alguns ‘chavões’ como ‘voce tem que acreditar em voce mesmo’ ou ‘é só acreditar que ...’.
Mas se tudo é tão simples quanto apenas acreditar, por que passamos nossas vidas consumidos em dúvidas, tendo que driblar pequenos fracassos, desconfiados de nossa própria sorte?
Andamos nós desacreditados que basta acreditar para que tenhamos nossos probelmas resolvidos?
Claro que jamais seria linear e simples assim. Somos apenas parte de qualquer que seja a empreitada levada à frente por nós e logo, o ‘acreditar’ de tudo e todos envolvidos neste projecto se cruzam, se comunicam, se fortalecem, mas também, podem se anular.
Acreditar não é, sempre, uma sensação imediata e frequentemente precisa de factos, de provas, de um endorçamento que embase este sentimento, ou seja, que nos faça sentir seguros, serenos em relação ao assunto.
Não acreditar não é uma escolha consciente, é uma sensação, um sinal amarelo que acende e nos alerta, nos rouba o poder de confiar de imediato. Quando algo não nos é convicente ou quando alguém nos é remanescente, ou ainda recorrente, não podemos nos permitir correr o risco de voltar a lhe acreditar, de voltar a sofrer e este alguém pode ser nós mesmos...
Acreditar em nós mesmos parece sempre ser a tarefa mais complicada, pois afinal, nós temos o mapa, nós conhecemos as ‘falhas’, nossos limites, onde dói e onde está a zona interdita da nossa moradia. Mesmo quando temos outras pessoas a nossa volta que realmente acreditam em nós.
Deveria ser uma negociação mais fácil, pois afinal, temos acesso aos dois lados da barganha, o de querer acreditar e o do não consegui-lo, o que acaba por revelar, na minha opinião, os reais inimigos a serem abatidos neste combate.
Transferimos e generalizamos más experiências que aguçam nosso extinto de preservação, nossa defesa e isso não é mal, mesmo porquê não é opcioal, vem com a estrutura psicológica humana, mas entendê-la, ouví-la, saber atribuir os veredictos aos reais culpados sem fazer de tudos e todos à volta seus cúmplices, mas isso requer atenção. E depois porque acho que tudo e todos merecem segundas chances, até porque segundas chances resolvem bem os resultados da primeira e aí, segue-se avante.
Pensando bem, nada pode seguir avante, nada pode ser conquistado com sucesso sem que se acredite, sem que se ponha aquela força positiva de coragem, de vontade. Por vezes, parece-me, deve inciar com um pequeno acto de fé. Sim, apesar de não haver provas ou mesmo delas existirem contra, podemos decidir querer acreditar, dar o voto de confiança e esperar, com esperança, que o sentimento surja.
Afinal, acreditar em nós, nos outros ou no futuro, sendo um acto de fé ou pleno usufruto de segurança, está associado ao querer e daí já se sabe, querer é poder. Por chaves ou chavões, tome a decisão, permita-se e o resto, bem, o resto há de vir, há de acontecer, pois aí reside a magia de se estar vivo... possibilidades... oportunidades....
Uma boa semana para todos.
Eduardo Diverio.
Acreditar, sabe-se, ser a chave para grandes eventos, grandes acontecimentos e grandes conquistas. Também sabe-se de alguns ‘chavões’ como ‘voce tem que acreditar em voce mesmo’ ou ‘é só acreditar que ...’.
Mas se tudo é tão simples quanto apenas acreditar, por que passamos nossas vidas consumidos em dúvidas, tendo que driblar pequenos fracassos, desconfiados de nossa própria sorte?
Andamos nós desacreditados que basta acreditar para que tenhamos nossos probelmas resolvidos?
Claro que jamais seria linear e simples assim. Somos apenas parte de qualquer que seja a empreitada levada à frente por nós e logo, o ‘acreditar’ de tudo e todos envolvidos neste projecto se cruzam, se comunicam, se fortalecem, mas também, podem se anular.
Acreditar não é, sempre, uma sensação imediata e frequentemente precisa de factos, de provas, de um endorçamento que embase este sentimento, ou seja, que nos faça sentir seguros, serenos em relação ao assunto.
Não acreditar não é uma escolha consciente, é uma sensação, um sinal amarelo que acende e nos alerta, nos rouba o poder de confiar de imediato. Quando algo não nos é convicente ou quando alguém nos é remanescente, ou ainda recorrente, não podemos nos permitir correr o risco de voltar a lhe acreditar, de voltar a sofrer e este alguém pode ser nós mesmos...
Acreditar em nós mesmos parece sempre ser a tarefa mais complicada, pois afinal, nós temos o mapa, nós conhecemos as ‘falhas’, nossos limites, onde dói e onde está a zona interdita da nossa moradia. Mesmo quando temos outras pessoas a nossa volta que realmente acreditam em nós.
Deveria ser uma negociação mais fácil, pois afinal, temos acesso aos dois lados da barganha, o de querer acreditar e o do não consegui-lo, o que acaba por revelar, na minha opinião, os reais inimigos a serem abatidos neste combate.
Transferimos e generalizamos más experiências que aguçam nosso extinto de preservação, nossa defesa e isso não é mal, mesmo porquê não é opcioal, vem com a estrutura psicológica humana, mas entendê-la, ouví-la, saber atribuir os veredictos aos reais culpados sem fazer de tudos e todos à volta seus cúmplices, mas isso requer atenção. E depois porque acho que tudo e todos merecem segundas chances, até porque segundas chances resolvem bem os resultados da primeira e aí, segue-se avante.
Pensando bem, nada pode seguir avante, nada pode ser conquistado com sucesso sem que se acredite, sem que se ponha aquela força positiva de coragem, de vontade. Por vezes, parece-me, deve inciar com um pequeno acto de fé. Sim, apesar de não haver provas ou mesmo delas existirem contra, podemos decidir querer acreditar, dar o voto de confiança e esperar, com esperança, que o sentimento surja.
Afinal, acreditar em nós, nos outros ou no futuro, sendo um acto de fé ou pleno usufruto de segurança, está associado ao querer e daí já se sabe, querer é poder. Por chaves ou chavões, tome a decisão, permita-se e o resto, bem, o resto há de vir, há de acontecer, pois aí reside a magia de se estar vivo... possibilidades... oportunidades....
Uma boa semana para todos.
Eduardo Diverio.
domingo, agosto 08, 2010
Última semana, por enquanto...
So this is it, esta é minha última semana em Lisboa. Sexta-feira embarco de volta para UK, um reencontrto há muito adiado, atrasado e até desviado.
Vim por uma temporada, era um plano estratégico, o de refazer meu CV, agilizar nosso patrimônio e à espera do momento adequado para poder retornar, acabou por fazer-me refém deste plano.
Submeti-me e permiti-me a passar por situações e condições que envenaram meus dias, meu coração e minha alma e lançaram-me à deriva das incertezas, sozinho contra um exército de insastifação e perdido no escuro, à procura de um farol que me indicasse terra firme.
Agora, ao contrário de tudo o que me manteve aqui, longe de qualuer condição que tenha pensado como ideal para meu regresso, estou finalmente de partida marcada, iminente. Assustado, claro, tenho tratado dos últimos acertos por cá, aqueles que prescedem uma emigração. Mais uma.
Quantos destes movimentos seremos capazes de aguentar? Estarei eu viciado em migrar? É verdade que me pego com o desejo de livrar-me de entulhos, daquelas coisas nas gavetas, ou das caixas com lembranças. Por vezes chego mesmo a pensar que ter uma sala de jantar é uma estravagância desnecessária e que seria, de certo, um incômodo a mais, caso eu mudasse, de novo!
Algo se passou dentro de mim e um estranho desejo de romper com amarras, de cortar com âncoras fluí por minhas veias. Talvez a ‘miserável’ qualidade de vida a qual me espuz entre os 34 e os derradeiros 38, tenham me marcado, tenham me ensinado a sentir o meio de outra forma, com outra perspectiva.
Parto feliz. Parto com uma estranha sensação de realização, sem que nada de concreto eu possa realmente definir. Dei-me a oportunidade de romper com pessoas no passado, do passado e mesmo do presente. Neste meio tempo, resgatei outras e conheci algumas que imprimiram-se em minha alma, com elas fui apresentado aos seus universos e ganhei uma coleção de pessoas maravilhosas. Fiz as pazes com Lisboa.
Lisboa é uma pérola. Lisboa é a minha casa, mas isso é um segredo.
Gosto de pensar que a minha frente estão um mar de oportunidades, um oceano de possibilidades e uma avalanche de gente nova, com suas idéias, seus pensamentos e seus amigos.
Até logo Lisboa. Cuide bem de meus amigos, as saudades já me são profundas e a ti meu muito obrigado, a todos que por cá ficam, todo meu amor e a promessa da contanste lembrança, de constante contacto e claro, muito movimento.
Uma boa ‘última’ semana para todos.
Eduardo Divério.
So this is it, esta é minha última semana em Lisboa. Sexta-feira embarco de volta para UK, um reencontrto há muito adiado, atrasado e até desviado.
Vim por uma temporada, era um plano estratégico, o de refazer meu CV, agilizar nosso patrimônio e à espera do momento adequado para poder retornar, acabou por fazer-me refém deste plano.
Submeti-me e permiti-me a passar por situações e condições que envenaram meus dias, meu coração e minha alma e lançaram-me à deriva das incertezas, sozinho contra um exército de insastifação e perdido no escuro, à procura de um farol que me indicasse terra firme.
Agora, ao contrário de tudo o que me manteve aqui, longe de qualuer condição que tenha pensado como ideal para meu regresso, estou finalmente de partida marcada, iminente. Assustado, claro, tenho tratado dos últimos acertos por cá, aqueles que prescedem uma emigração. Mais uma.
Quantos destes movimentos seremos capazes de aguentar? Estarei eu viciado em migrar? É verdade que me pego com o desejo de livrar-me de entulhos, daquelas coisas nas gavetas, ou das caixas com lembranças. Por vezes chego mesmo a pensar que ter uma sala de jantar é uma estravagância desnecessária e que seria, de certo, um incômodo a mais, caso eu mudasse, de novo!
Algo se passou dentro de mim e um estranho desejo de romper com amarras, de cortar com âncoras fluí por minhas veias. Talvez a ‘miserável’ qualidade de vida a qual me espuz entre os 34 e os derradeiros 38, tenham me marcado, tenham me ensinado a sentir o meio de outra forma, com outra perspectiva.
Parto feliz. Parto com uma estranha sensação de realização, sem que nada de concreto eu possa realmente definir. Dei-me a oportunidade de romper com pessoas no passado, do passado e mesmo do presente. Neste meio tempo, resgatei outras e conheci algumas que imprimiram-se em minha alma, com elas fui apresentado aos seus universos e ganhei uma coleção de pessoas maravilhosas. Fiz as pazes com Lisboa.
Lisboa é uma pérola. Lisboa é a minha casa, mas isso é um segredo.
Gosto de pensar que a minha frente estão um mar de oportunidades, um oceano de possibilidades e uma avalanche de gente nova, com suas idéias, seus pensamentos e seus amigos.
Até logo Lisboa. Cuide bem de meus amigos, as saudades já me são profundas e a ti meu muito obrigado, a todos que por cá ficam, todo meu amor e a promessa da contanste lembrança, de constante contacto e claro, muito movimento.
Uma boa ‘última’ semana para todos.
Eduardo Divério.
segunda-feira, agosto 02, 2010
Idade
Umas das frases mais comuns que escuto, e refiro-me ao longo de toda a minha vida, desde quando era pequenino lá pelo paralelo 30º sul, é ‘Não tenho mais idade para isso’. Lembro-me que isso era dito com uma certa propriedade, como se a frase por si só, fosse conclusiva, justificativa do porquê não investir na execução disso ou daquilo.
E de facto parecia postular algumas regras, como se existisse tabulações do quê se podia fazer ou não, dentro da idade em que a pessoa se encontrava. Isso, principalmente, envolvia romances e actividades sociais.
O tempo passou a a mentalidade comum surgiu com o chavão que ‘a idade está na cabeça’ e pelos últimos vinte anos, as pessoas rejuveneceram imenso e com isso, nossas sociedades ganharam literalmente uma década, pois os 50 anos de uma pessoa hoje correspondem aos 40 de uma na década de noventa.
Mas ao memso tempo, o comum tende a se perder, a se confundir um pouco no que realmente está na cabeça. É facto que a cada ano estamos mais velhos. Isso biologicamente falando, significa perda de potência e enfraquecimento. Se idade está da cabeça, é justo esperar que um senhor de oitenta anos possa ganhar o primeiro lugar em cem metros rasos? Ridículo, não?
Afinal, ‘a idade está na cabeça’, parece-me, é só, para cabeças de uma certa idade. E aqui para mim, começa uma obscura permissividade acobertada pela legalidade dos pensmentos livres, talvez apenas abstratos, mas ainda livres.
Hoje, quando dizemos ‘não tenho mais idade para isso’, demove-se aquela onda de olhares e sobrancelhas arquedas, partidários da ‘do papo na cabeça’, como se estivéssemos nos entregando, desistindo de algo que nos é por direito, quase uma fraqueza e eu não poderia concordar menos com isso.
Seguir a vida, envelhecer, amadurecer, ganhar experiência, evoluir ou simplesmente aproveitar a vida, são practicamente paradoxos e apesar de poderem ser definidos em distintos predicados, convergem para o mesmo destido, o inevitável acréscimo de idade, para mim, o grande desafio de sempre.
Sentimos a mudança, nosso corpo reclama de noso rítimo, a velocidade é outra. Mais espertos, de certo, mas contudo, mais cansados também e é inevitável que, de tempos em tempos, não paremos para avaliar o que fora feito até o presente, mas principalmente, o que não que não foi feito..
Aqui, para mim, começam as confusões. O amadurecimento psicológico traz-nos mais sabedoria e com ela, a percepção de maus resultados, de más escolhas e muitas vezes, inconformados, partimos para um resgate desgastante. Nesses pontos, teremos homens e mulheres de 40 anos, por exemplo, a tentar resgatar romances e profissões, paternidade ou um pai e claro, suas juventudes, a época onde somos fortes, invencíveis e intemporais.
Um homem de 40 anos que apercebe-se não ter sido um bom pai, de seu filho que hoje tenha 17, querer recuperar sua parternidade é lícito, justo e digno. Contudo, ele não poderá estar à espera de trocar fraldas ao rapaz, querer determinar o que ele comerá ao almoço e menos ainda pô-lo em castigo por causa de baixas notas. Obviamente, sua aproximação ao assunto terá que ser diferente. Mesmo que ele sinta falta de ter seu pequenino ao colo, não é, claramente, apropriado.
O mesmo ocorrerá quando se olhar para sua vida amorosa e concluí-la instisfeita, pior ainda se houver a sensação, a percepção que isso ou aquilo não foi experienciado e o parceiro(a) surge com 15, 18 anos de diferença. Tudo sempre há de funcionar enquanto se estiver na horizontal, ou num jantar, num bar ou com amigos, mas as mesmas razões que levaram esta pessoa a perceber sua insastifação antes, cedo ou tarde, gritarão por socorro, pelas diferenças de realidades, de posses, de espectativas e de certo, de maturidade.
Há gente para tudo. Conhecemos senhoras de 50, 60 anos que ainda tratam seus filhos, já casados, como se ainda fossem meninos. Conhecemos casais com uma grande diferença de idade entre eles que parecem se complementar, mas a isso chama-se sublimação, negação. Bem, diversão também, na medida certa, mal não há de fazer, mas não pode nunca ser uma ilusão de plenitude, resposta ao desesperado resgate.
O amor, como qualquer outro sentimento e emoção, é livre e vitalício ao ser humano, convém estar em hamonia com a realidade do indivíduo.
Sem julgamentos. Vejo e entendo que exista equilíbrio, por exemplo, na relação de um homem com 35 e uma mulher de 52, apesar de não poder fechar meus olhos ao que realmente está por de trás disso. Mas como o que está por detrás de disso nem sempre interessa, mesmo porque a vida é curta, que bom que são felizes.
Concluindo, o ‘não tenho mais idade para isso’ pode não ser fraqueza, medo ou baixa auto-estima, e sim, uma real noção de qualidade de vida, de equilíbrio. Ir atrás do que nos faz falta e nos preencherá não siginfica colocarmo-nos em ciladas e situações sem sustenção, sem futuro, sem retorno, pois não importando quanto um goste de açucar, se este for diabético, esta relação não é de todo sadia.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.
Umas das frases mais comuns que escuto, e refiro-me ao longo de toda a minha vida, desde quando era pequenino lá pelo paralelo 30º sul, é ‘Não tenho mais idade para isso’. Lembro-me que isso era dito com uma certa propriedade, como se a frase por si só, fosse conclusiva, justificativa do porquê não investir na execução disso ou daquilo.
E de facto parecia postular algumas regras, como se existisse tabulações do quê se podia fazer ou não, dentro da idade em que a pessoa se encontrava. Isso, principalmente, envolvia romances e actividades sociais.
O tempo passou a a mentalidade comum surgiu com o chavão que ‘a idade está na cabeça’ e pelos últimos vinte anos, as pessoas rejuveneceram imenso e com isso, nossas sociedades ganharam literalmente uma década, pois os 50 anos de uma pessoa hoje correspondem aos 40 de uma na década de noventa.
Mas ao memso tempo, o comum tende a se perder, a se confundir um pouco no que realmente está na cabeça. É facto que a cada ano estamos mais velhos. Isso biologicamente falando, significa perda de potência e enfraquecimento. Se idade está da cabeça, é justo esperar que um senhor de oitenta anos possa ganhar o primeiro lugar em cem metros rasos? Ridículo, não?
Afinal, ‘a idade está na cabeça’, parece-me, é só, para cabeças de uma certa idade. E aqui para mim, começa uma obscura permissividade acobertada pela legalidade dos pensmentos livres, talvez apenas abstratos, mas ainda livres.
Hoje, quando dizemos ‘não tenho mais idade para isso’, demove-se aquela onda de olhares e sobrancelhas arquedas, partidários da ‘do papo na cabeça’, como se estivéssemos nos entregando, desistindo de algo que nos é por direito, quase uma fraqueza e eu não poderia concordar menos com isso.
Seguir a vida, envelhecer, amadurecer, ganhar experiência, evoluir ou simplesmente aproveitar a vida, são practicamente paradoxos e apesar de poderem ser definidos em distintos predicados, convergem para o mesmo destido, o inevitável acréscimo de idade, para mim, o grande desafio de sempre.
Sentimos a mudança, nosso corpo reclama de noso rítimo, a velocidade é outra. Mais espertos, de certo, mas contudo, mais cansados também e é inevitável que, de tempos em tempos, não paremos para avaliar o que fora feito até o presente, mas principalmente, o que não que não foi feito..
Aqui, para mim, começam as confusões. O amadurecimento psicológico traz-nos mais sabedoria e com ela, a percepção de maus resultados, de más escolhas e muitas vezes, inconformados, partimos para um resgate desgastante. Nesses pontos, teremos homens e mulheres de 40 anos, por exemplo, a tentar resgatar romances e profissões, paternidade ou um pai e claro, suas juventudes, a época onde somos fortes, invencíveis e intemporais.
Um homem de 40 anos que apercebe-se não ter sido um bom pai, de seu filho que hoje tenha 17, querer recuperar sua parternidade é lícito, justo e digno. Contudo, ele não poderá estar à espera de trocar fraldas ao rapaz, querer determinar o que ele comerá ao almoço e menos ainda pô-lo em castigo por causa de baixas notas. Obviamente, sua aproximação ao assunto terá que ser diferente. Mesmo que ele sinta falta de ter seu pequenino ao colo, não é, claramente, apropriado.
O mesmo ocorrerá quando se olhar para sua vida amorosa e concluí-la instisfeita, pior ainda se houver a sensação, a percepção que isso ou aquilo não foi experienciado e o parceiro(a) surge com 15, 18 anos de diferença. Tudo sempre há de funcionar enquanto se estiver na horizontal, ou num jantar, num bar ou com amigos, mas as mesmas razões que levaram esta pessoa a perceber sua insastifação antes, cedo ou tarde, gritarão por socorro, pelas diferenças de realidades, de posses, de espectativas e de certo, de maturidade.
Há gente para tudo. Conhecemos senhoras de 50, 60 anos que ainda tratam seus filhos, já casados, como se ainda fossem meninos. Conhecemos casais com uma grande diferença de idade entre eles que parecem se complementar, mas a isso chama-se sublimação, negação. Bem, diversão também, na medida certa, mal não há de fazer, mas não pode nunca ser uma ilusão de plenitude, resposta ao desesperado resgate.
O amor, como qualquer outro sentimento e emoção, é livre e vitalício ao ser humano, convém estar em hamonia com a realidade do indivíduo.
Sem julgamentos. Vejo e entendo que exista equilíbrio, por exemplo, na relação de um homem com 35 e uma mulher de 52, apesar de não poder fechar meus olhos ao que realmente está por de trás disso. Mas como o que está por detrás de disso nem sempre interessa, mesmo porque a vida é curta, que bom que são felizes.
Concluindo, o ‘não tenho mais idade para isso’ pode não ser fraqueza, medo ou baixa auto-estima, e sim, uma real noção de qualidade de vida, de equilíbrio. Ir atrás do que nos faz falta e nos preencherá não siginfica colocarmo-nos em ciladas e situações sem sustenção, sem futuro, sem retorno, pois não importando quanto um goste de açucar, se este for diabético, esta relação não é de todo sadia.
Uma boa semana para todos.
Eduardo Divério.