domingo, julho 30, 2006
Made in Brazil
Estou a caminho de fechar meu 15º ano fora do Brasil. Ao longo deste tempo, foram inúmeras as dificuldades a ultrapassar, pois os cenários para um estrangeiro imigrante são sempre atribulados. Mas isso todo mundo sabe ou suspeita. Estar longe da pátria é algo muito doloroso, tanto, que parece que muitas pessoas cedem a esta dor, a esta pressão e vêem-se corrompidas, com sua moral totalmente alterada.
Se navegarmos pela Internet, encontraremos toneladas de textos a contemplarem um Brasil próspero, cheio de características únicas e positivas e muitas comparações positivas a países de primeiro mundo. Acho que estas visões são fundamentais para a “auto-estima” do país, de certo. Todo o cidadão sente orgulho e alegria em saber que seu país se destaca nisso ou naquilo. A copa do mundo que o diga.
Portanto, não cabe a mim ignorar este louvável lado do Brasil e dos brasileiros. Contudo, existem mais situações que compõe nossa imagem, nossa integridade como uma nação.
Os brasileiros e as brasileiras que vivem na Europa, por exemplo, enfrentam muitos preconceitos e submetem-se a condições de trabalho, e de meio em geral, que lhes torna a vida muito difícil. Mas isso tudo faz parte do jogo. Trocar de país, legalizar-se, ver suas habilitações reconhecidas, aprender a língua e competir com os “nativos” é uma tarefa árdua, mas não deveria constituir nenhuma novidade para quem assumiu este plano.
Mas será por todas estas dificuldades que num gingar de anca, com um certo jeitinho conhecido, as pessoas parecem passar a viver alter-egos? Neste momento, um brasileiro estando num bar, a noite, pode ser o suficiente para alguém vir lhe perguntar se ele é “garoto de programa”.
De Lisboa a Praga, de Praga a Londres e de volta a Lisboa os brasileiros dominam as artes do comércio do corpo. Juízo a parte, o que realmente chama a atenção, é a notória quantidade, dominante, de brasileiros nesta área. Matematicamente entende-se que para uma pessoa ganhar duas horas de trabalho, ela gastará, pelo menos, duas a mais de locomoção. Assim, estas quatro horas renderam em média, em Londres, £10,00. Desnecessário é dizer o quanto alguém faria com estas mesmos quatro horas se estivesse no comércio do corpo.
Mas o dinheiro justifica mesmo esta vida? Notem, não estou me referindo a uma pessoa que passou a comercializar o seu corpo, afinal é um negócio que precisa quem o sustente. O que quero aqui chamar a atenção é como um grupo de pessoas, que jamais fariam isso em seus países, permitem-se rapidamente, ver nessa área, suas vidas facilitadas. Não só, quando comentam do que vivem, parece existir, subentendido, um orgulho malandro, como se o dinheiro fácil a que têm acesso é devido as sua capacidade de enxergar “uma mina”, de usufruir da fraqueza alheia, ou seja, até os clientes são desrespeitados!
Estou confuso. Se no Brasil, mulheres que dançam e tiram a roupa e homens héteros que fazem o mesmo em clubes gay são a escória da sociedade, como podem estes frutos terem vindo da mesma flor?
Não acredito que estas decisões sejam o resultado sofrido, conflituoso e até corajoso em apelar por uma medida drástica de sobrevivência. Não!
Já faz muito tempo que os brasileiros que por cá chegam, com segundo grau completo, parecem nada ter aprendido! Não sabem entrar ou sair dos lugares e falar corretamente para eles parece ser algo antiquado e cafona. Pessoas totalmente despreparadas, sem a mínima noção de cultura geral, geográfica, histórica ou política.
Definitivamente cultura, língua, conhecimentos em geral, no Brasil, vêm encurtando na mesma proporcionalidade que as pernas das calças têm diminuído. Parece-me meio óbvio que estamos aqui a falar de um grave problema de formação!
Brasileiros de novas gerações, sem o menor constrangimento, revelam viver na Inglaterra com identificações falsas de outros países da União Europeia. Negociam vistos e dívidas das formas mais i-e-amorais possíveis!
Não falta trabalho na Europa, seja na área que for. Mas a maioria que para cá veio, sequer permite-se aprender ou absorver o conhecimento de uma outra cultura. Apenas o juntar dinheiro para voltar para o Brasil, “por cima”, é que conta. Dar-se bem é a ordem do dia. De todos os dias, e no mais amplo sentido da palavra “ilegal”, estas pessoas seguem vivendo.
A educação e a formação de um caráter, não só é o que de melhor uma pai pode deixar para um filho, mas como é um dever!
“Algo de muito errado tem se passado no reino da Dinamarca”, parece existir uma predisposição para que o indivíduo “se dê bem”, não importando os meios, não importando o próximo. Pensem bem, na facilidade com as pessoas atravessam um oceano e modificam-se.
Educadores, formadores, psicólogos, sociólogos, pais!! Por que nos abandonaram?
Que a administração deste país é… O que é, nós já sabemos, há mais de 20 anos! Mas o que houve conosco? Com as nossas sociedades? A nossa língua, a melhor – senão única – herança de jeito deixada pelos colonizadores é diariamente negligenciada e ignorada num consciente exercício subversivo; as pessoas deixam as escolas e por alguma estranha razão, parecem de nada lembrar; o trato e o respeito entre as pessoas é lastimável e isso tudo, ao meu ver, não é sinal de progresso e muito menos de prosperidade.
Que existem causas plausíveis que evolvam estrutura e economia, aceita-se, mas nada anula o livre arbítrio. A nossa nação, da qual “um filho teu não foge a luta” , tem assistido passivamente a formação defeituosa de indivíduos que, apesar de continuarem portando uma noção de “certo e errado” , nada mais é do que protocolo, pois suas decisões serão feitas sobre obscuras razões, tórpidas justificativas, mas como muita determinação.
Terá sido a conquista da democracia a última causa pela qual esta nação lutou? É o governo? A globalização? O indivíduo?
Estou triste. Não só por honrar anos de escola e estudo e poder ter, automaticamente, o predicado de prostitudo, apenas por estar andando na rua a noite, mas por olhar a minha gente a eles não reconhecer
Tenham um boa semana.
Eduardo Divério.
Estou a caminho de fechar meu 15º ano fora do Brasil. Ao longo deste tempo, foram inúmeras as dificuldades a ultrapassar, pois os cenários para um estrangeiro imigrante são sempre atribulados. Mas isso todo mundo sabe ou suspeita. Estar longe da pátria é algo muito doloroso, tanto, que parece que muitas pessoas cedem a esta dor, a esta pressão e vêem-se corrompidas, com sua moral totalmente alterada.
Se navegarmos pela Internet, encontraremos toneladas de textos a contemplarem um Brasil próspero, cheio de características únicas e positivas e muitas comparações positivas a países de primeiro mundo. Acho que estas visões são fundamentais para a “auto-estima” do país, de certo. Todo o cidadão sente orgulho e alegria em saber que seu país se destaca nisso ou naquilo. A copa do mundo que o diga.
Portanto, não cabe a mim ignorar este louvável lado do Brasil e dos brasileiros. Contudo, existem mais situações que compõe nossa imagem, nossa integridade como uma nação.
Os brasileiros e as brasileiras que vivem na Europa, por exemplo, enfrentam muitos preconceitos e submetem-se a condições de trabalho, e de meio em geral, que lhes torna a vida muito difícil. Mas isso tudo faz parte do jogo. Trocar de país, legalizar-se, ver suas habilitações reconhecidas, aprender a língua e competir com os “nativos” é uma tarefa árdua, mas não deveria constituir nenhuma novidade para quem assumiu este plano.
Mas será por todas estas dificuldades que num gingar de anca, com um certo jeitinho conhecido, as pessoas parecem passar a viver alter-egos? Neste momento, um brasileiro estando num bar, a noite, pode ser o suficiente para alguém vir lhe perguntar se ele é “garoto de programa”.
De Lisboa a Praga, de Praga a Londres e de volta a Lisboa os brasileiros dominam as artes do comércio do corpo. Juízo a parte, o que realmente chama a atenção, é a notória quantidade, dominante, de brasileiros nesta área. Matematicamente entende-se que para uma pessoa ganhar duas horas de trabalho, ela gastará, pelo menos, duas a mais de locomoção. Assim, estas quatro horas renderam em média, em Londres, £10,00. Desnecessário é dizer o quanto alguém faria com estas mesmos quatro horas se estivesse no comércio do corpo.
Mas o dinheiro justifica mesmo esta vida? Notem, não estou me referindo a uma pessoa que passou a comercializar o seu corpo, afinal é um negócio que precisa quem o sustente. O que quero aqui chamar a atenção é como um grupo de pessoas, que jamais fariam isso em seus países, permitem-se rapidamente, ver nessa área, suas vidas facilitadas. Não só, quando comentam do que vivem, parece existir, subentendido, um orgulho malandro, como se o dinheiro fácil a que têm acesso é devido as sua capacidade de enxergar “uma mina”, de usufruir da fraqueza alheia, ou seja, até os clientes são desrespeitados!
Estou confuso. Se no Brasil, mulheres que dançam e tiram a roupa e homens héteros que fazem o mesmo em clubes gay são a escória da sociedade, como podem estes frutos terem vindo da mesma flor?
Não acredito que estas decisões sejam o resultado sofrido, conflituoso e até corajoso em apelar por uma medida drástica de sobrevivência. Não!
Já faz muito tempo que os brasileiros que por cá chegam, com segundo grau completo, parecem nada ter aprendido! Não sabem entrar ou sair dos lugares e falar corretamente para eles parece ser algo antiquado e cafona. Pessoas totalmente despreparadas, sem a mínima noção de cultura geral, geográfica, histórica ou política.
Definitivamente cultura, língua, conhecimentos em geral, no Brasil, vêm encurtando na mesma proporcionalidade que as pernas das calças têm diminuído. Parece-me meio óbvio que estamos aqui a falar de um grave problema de formação!
Brasileiros de novas gerações, sem o menor constrangimento, revelam viver na Inglaterra com identificações falsas de outros países da União Europeia. Negociam vistos e dívidas das formas mais i-e-amorais possíveis!
Não falta trabalho na Europa, seja na área que for. Mas a maioria que para cá veio, sequer permite-se aprender ou absorver o conhecimento de uma outra cultura. Apenas o juntar dinheiro para voltar para o Brasil, “por cima”, é que conta. Dar-se bem é a ordem do dia. De todos os dias, e no mais amplo sentido da palavra “ilegal”, estas pessoas seguem vivendo.
A educação e a formação de um caráter, não só é o que de melhor uma pai pode deixar para um filho, mas como é um dever!
“Algo de muito errado tem se passado no reino da Dinamarca”, parece existir uma predisposição para que o indivíduo “se dê bem”, não importando os meios, não importando o próximo. Pensem bem, na facilidade com as pessoas atravessam um oceano e modificam-se.
Educadores, formadores, psicólogos, sociólogos, pais!! Por que nos abandonaram?
Que a administração deste país é… O que é, nós já sabemos, há mais de 20 anos! Mas o que houve conosco? Com as nossas sociedades? A nossa língua, a melhor – senão única – herança de jeito deixada pelos colonizadores é diariamente negligenciada e ignorada num consciente exercício subversivo; as pessoas deixam as escolas e por alguma estranha razão, parecem de nada lembrar; o trato e o respeito entre as pessoas é lastimável e isso tudo, ao meu ver, não é sinal de progresso e muito menos de prosperidade.
Que existem causas plausíveis que evolvam estrutura e economia, aceita-se, mas nada anula o livre arbítrio. A nossa nação, da qual “um filho teu não foge a luta” , tem assistido passivamente a formação defeituosa de indivíduos que, apesar de continuarem portando uma noção de “certo e errado” , nada mais é do que protocolo, pois suas decisões serão feitas sobre obscuras razões, tórpidas justificativas, mas como muita determinação.
Terá sido a conquista da democracia a última causa pela qual esta nação lutou? É o governo? A globalização? O indivíduo?
Estou triste. Não só por honrar anos de escola e estudo e poder ter, automaticamente, o predicado de prostitudo, apenas por estar andando na rua a noite, mas por olhar a minha gente a eles não reconhecer
Tenham um boa semana.
Eduardo Divério.
segunda-feira, julho 24, 2006
Ser “peneira” da consciência alheia.
Por inúmeros fatores psicológicos, que renderiam semanas e semanas de artigos neste blog, eu desenvolvi um lado analítico de ser. Porém, este lado acabou por se unir a um outro, que lembro ter desde sempre; o de achar uma forma de me expressar.
Tenho, uma meia dúzia de pessoas na minha história que foram de suma importância para mim, mas que, hoje, ou não me toleram ou não me suportam. A questão aqui não é onde, ou com quem, está a razão. A questão, para mim, é anterior a isso, por existir o universo daqueles que não querem ouvir e o universo daqueles que querem falar. Não há um certo, não há um errado. Mas existe de certeza, uma enorme incompatibilidade entre os dois
Mas as pessoas não andam por aí com tabuletas ao pescoço, esclarecendo a qual universo pertencem e o tempo que se leva para identificar isso, por vezes, já foi o suficiente para nos ter preso a alguém, por um mar de outras razões.
Mas se nós só enxergaremos aquilo a que estejamos prontos e em condições de enxergar, adianta ter alguém nos falando algo que mais parece uma língua estrangeira? Quando vemos alguém que amamos acorrentado em dramas psicológicos aos quais sabemos ter a chave na mão para sua liberdade, devemos facultá-la então?
Não somos “peneira” da consciência de ninguém, ou seja, não podemos andar por aí querendo premeditar ou pressentir como as pessoas receberão ou reagirão ao que vamos dizer. Não só. Existe todo um compromisso com nossa própria história, com as causas naturais que nos levaram a ser a pessoa que somos hoje. Acredito que devemos respeito a esta história, consideração ao nosso próprio mérito. Por isso, quando uma situação deixa é somente a de uma esfera pessoal, desculpem-me, mas tenho minhas razões para falar!
Claro que podemos ter o cuidado e a consideração para com quem vamos dirigir nosso juízo e este, pode ser dito de várias formas e diversas intenções.
É fato que muitas pessoas precisam de um chaqualhão, de ouvir algo que as chamem a razão, de forma a saírem do marasmo em que andam e reencontrarem um caminho mais positivo para suas vidas. Mas estarão elas preparadas para aquilo que vamos dizer? Este é o preciso ponto em que temos que ter cuidado, pois ao não “peneirarmos” o que vamos falar, podemos estar a criar uma grande mágoa. Por outro lado, o que fica na “rede na peneira” pode ser exatamente o que de melhor poderíamos, como amigo, ter dado a alguém
Mas e aí? Como ficamos?
Eu, particularmente, acho que mais cruel é deixar uma pessoa seguir sua a vida equivocada, do que pô-la em frente a um espelho e fazê-la ver onde estão os pontos estratégicos. Contudo, também sei do “quão vital” é para uns, não ver este reflexo e aí, eu poderia estar provocando apenas caos na vida deste alguém.
Então, de forma a não nos despersonalisarmos, talvez precisemos aprender a detectar o tipo de sensibilidade de nosso alvo e a relevância da informação para o mesmo, bem como, aprender a ouvir as coisas de forma que elas não nos sejam tão impactantes. Ambos requerem um exercício contínuo de auto-conhecimento, respeito e amor.
Tenho uma amiga que sempre diz: Ponha mel nas sua palavras...
Tenham uma boa semana.
Eduardo Divério.
Por inúmeros fatores psicológicos, que renderiam semanas e semanas de artigos neste blog, eu desenvolvi um lado analítico de ser. Porém, este lado acabou por se unir a um outro, que lembro ter desde sempre; o de achar uma forma de me expressar.
Tenho, uma meia dúzia de pessoas na minha história que foram de suma importância para mim, mas que, hoje, ou não me toleram ou não me suportam. A questão aqui não é onde, ou com quem, está a razão. A questão, para mim, é anterior a isso, por existir o universo daqueles que não querem ouvir e o universo daqueles que querem falar. Não há um certo, não há um errado. Mas existe de certeza, uma enorme incompatibilidade entre os dois
Mas as pessoas não andam por aí com tabuletas ao pescoço, esclarecendo a qual universo pertencem e o tempo que se leva para identificar isso, por vezes, já foi o suficiente para nos ter preso a alguém, por um mar de outras razões.
Mas se nós só enxergaremos aquilo a que estejamos prontos e em condições de enxergar, adianta ter alguém nos falando algo que mais parece uma língua estrangeira? Quando vemos alguém que amamos acorrentado em dramas psicológicos aos quais sabemos ter a chave na mão para sua liberdade, devemos facultá-la então?
Não somos “peneira” da consciência de ninguém, ou seja, não podemos andar por aí querendo premeditar ou pressentir como as pessoas receberão ou reagirão ao que vamos dizer. Não só. Existe todo um compromisso com nossa própria história, com as causas naturais que nos levaram a ser a pessoa que somos hoje. Acredito que devemos respeito a esta história, consideração ao nosso próprio mérito. Por isso, quando uma situação deixa é somente a de uma esfera pessoal, desculpem-me, mas tenho minhas razões para falar!
Claro que podemos ter o cuidado e a consideração para com quem vamos dirigir nosso juízo e este, pode ser dito de várias formas e diversas intenções.
É fato que muitas pessoas precisam de um chaqualhão, de ouvir algo que as chamem a razão, de forma a saírem do marasmo em que andam e reencontrarem um caminho mais positivo para suas vidas. Mas estarão elas preparadas para aquilo que vamos dizer? Este é o preciso ponto em que temos que ter cuidado, pois ao não “peneirarmos” o que vamos falar, podemos estar a criar uma grande mágoa. Por outro lado, o que fica na “rede na peneira” pode ser exatamente o que de melhor poderíamos, como amigo, ter dado a alguém
Mas e aí? Como ficamos?
Eu, particularmente, acho que mais cruel é deixar uma pessoa seguir sua a vida equivocada, do que pô-la em frente a um espelho e fazê-la ver onde estão os pontos estratégicos. Contudo, também sei do “quão vital” é para uns, não ver este reflexo e aí, eu poderia estar provocando apenas caos na vida deste alguém.
Então, de forma a não nos despersonalisarmos, talvez precisemos aprender a detectar o tipo de sensibilidade de nosso alvo e a relevância da informação para o mesmo, bem como, aprender a ouvir as coisas de forma que elas não nos sejam tão impactantes. Ambos requerem um exercício contínuo de auto-conhecimento, respeito e amor.
Tenho uma amiga que sempre diz: Ponha mel nas sua palavras...
Tenham uma boa semana.
Eduardo Divério.
segunda-feira, julho 17, 2006
O Sexo dos Anjos
Todos nós estamos habituados aos protocolos de convívio social, aquele quebrar o gelo, quando conhecemos uma nova pessoa, seja na casa de alguém ou mesmo no trabalho. Tornou-se comum, nada invasivo, perguntar sobre família, filhos, bairro onde vive, enfim. Contudo, o que parece ainda estar muito longe, é a forma correta de se abordar estas questões, pois ao se ser apresentado a um rapaz, que tenha uma aliança na mão esquerda, de imediato assumime-se saber a orientação sexual desta pessoa e segue-se: Sua esposa, ela faz o quê? Mas e se ele não tem uma “ela” e sim um outro “ele” em sua vida?
Outro dia, eu estava num café com alguns amigos e este assunto veio a tona. Então ouvi a seguinte colocação: “…Estas mesmas pessoas vivem entrem nós de forma camuflada, como se elas mesmas tivessem vergonha de suas opções. Como podemos nós, nos acostumarmos com algo que, a princípio, se auto condena?” – No momento, cheguei a pensar que por esta lógica, a abolição da escravatura não teria então acontecido, mas depois vi alguma prudência. Se as próprias pessoas, que têm uma orientação sexual diferente do que a maioria está a espera, em suas consciências, julgam-se e condenam-se a uma vida de guetos e mentiras, que culpa tem o resto?
Entretanto , uns dias depois, eu estava com uma amiga no “hall” de espera de um restaurante, onde estava mais um pequeno grupo de amigos que já lá estavam quando entramos. O chefe de sala que veio nos receber era bastante afeminado, mas parecia muito bem integrado em seu contexto. Recebeu-nos, pediu-nos para aguardar e afastou-se. Sem que eu não pudesse perceber, dois dos rapazes deste tal grupo, de uma forma pouco discreta, imitavam os trejeitos do chefe de sala, num total escracho da pessoa, como se fosse uma piada.
Mas o que havia de estranho, curioso ou engraçado com aquele empregado? Exatamente o quê, estava divertindo aqueles dois?
Então, vi-me obrigado a reavaliar as conclusões de outro dia. É mais comum, de fato, ouvirmos pessoas emitindo opiniões negativas sobre a homossexualidade do que simplesmente omitirem-se. Este comportamento perturba as pessoas deste grupo que, como qualquer outra pessoa socialmente funcional, só quer ser aceita, amada. Fazem-nas sentir diferentes e por uma forma negativa.
Não, o fato de não existir aceitação social em relação a homossexualidade, não é por falta de postura das pessoas deste grupo! Simplesmente não se aceita, devido as décadas e décadas de regras morais ridículas e preconceituosas passadas de geração para geração como se fôssemos macacos nascidos e criados num cativeiro.
Não é suposto fazer diferença em saber que fulano prefere “Y” a “X” . Não é suposto sentir-se no direito de usar das características de outro ser humano para causar diversão. Isso é desrespeitoso, deselegante e chega mesmo a ser cruel.
A homossexualidade não é uma opção. É uma condição! Não se acorda num dia e se resolve “nadar contra a maré”. A única opção que realmente vejo vinculada a este assunto, é a opção em ser feliz ou viver uma mentira.
Apesar de ainda as razões não serem conclusivas, no que diz respeito as suas causas, o único fato conclusivo que nos faz olhar para a heterossexualidade como referência, é a procriação. O resto, são conceitos. Família, marido, esposa ou companheiro são apenas títulos vinculados a pessoas, que aliás, podem ser substituídas várias vezes ao longo de nossa vida.
Na verdade, não penso ser isso que importa, pois o que conta é a conduta, o respeito para com aqueles que vivem uma situação, ponto.
A evolução continua. Já existem entre nós mulheres que outrora foram homens e homens que outrora foram mulheres e não só! Mulheres que outrora foram homens heterossexuais, com uma psicologia feminina, contudo, lésbicas.
Assim, não compete a ninguém julgar. Não é um direito, tratar outra pessoa como anormal.
A heterossexualidade não é normal, é apenas comum.
Tenham uma boa semana.
Eduardo Divério.
Todos nós estamos habituados aos protocolos de convívio social, aquele quebrar o gelo, quando conhecemos uma nova pessoa, seja na casa de alguém ou mesmo no trabalho. Tornou-se comum, nada invasivo, perguntar sobre família, filhos, bairro onde vive, enfim. Contudo, o que parece ainda estar muito longe, é a forma correta de se abordar estas questões, pois ao se ser apresentado a um rapaz, que tenha uma aliança na mão esquerda, de imediato assumime-se saber a orientação sexual desta pessoa e segue-se: Sua esposa, ela faz o quê? Mas e se ele não tem uma “ela” e sim um outro “ele” em sua vida?
Outro dia, eu estava num café com alguns amigos e este assunto veio a tona. Então ouvi a seguinte colocação: “…Estas mesmas pessoas vivem entrem nós de forma camuflada, como se elas mesmas tivessem vergonha de suas opções. Como podemos nós, nos acostumarmos com algo que, a princípio, se auto condena?” – No momento, cheguei a pensar que por esta lógica, a abolição da escravatura não teria então acontecido, mas depois vi alguma prudência. Se as próprias pessoas, que têm uma orientação sexual diferente do que a maioria está a espera, em suas consciências, julgam-se e condenam-se a uma vida de guetos e mentiras, que culpa tem o resto?
Entretanto , uns dias depois, eu estava com uma amiga no “hall” de espera de um restaurante, onde estava mais um pequeno grupo de amigos que já lá estavam quando entramos. O chefe de sala que veio nos receber era bastante afeminado, mas parecia muito bem integrado em seu contexto. Recebeu-nos, pediu-nos para aguardar e afastou-se. Sem que eu não pudesse perceber, dois dos rapazes deste tal grupo, de uma forma pouco discreta, imitavam os trejeitos do chefe de sala, num total escracho da pessoa, como se fosse uma piada.
Mas o que havia de estranho, curioso ou engraçado com aquele empregado? Exatamente o quê, estava divertindo aqueles dois?
Então, vi-me obrigado a reavaliar as conclusões de outro dia. É mais comum, de fato, ouvirmos pessoas emitindo opiniões negativas sobre a homossexualidade do que simplesmente omitirem-se. Este comportamento perturba as pessoas deste grupo que, como qualquer outra pessoa socialmente funcional, só quer ser aceita, amada. Fazem-nas sentir diferentes e por uma forma negativa.
Não, o fato de não existir aceitação social em relação a homossexualidade, não é por falta de postura das pessoas deste grupo! Simplesmente não se aceita, devido as décadas e décadas de regras morais ridículas e preconceituosas passadas de geração para geração como se fôssemos macacos nascidos e criados num cativeiro.
Não é suposto fazer diferença em saber que fulano prefere “Y” a “X” . Não é suposto sentir-se no direito de usar das características de outro ser humano para causar diversão. Isso é desrespeitoso, deselegante e chega mesmo a ser cruel.
A homossexualidade não é uma opção. É uma condição! Não se acorda num dia e se resolve “nadar contra a maré”. A única opção que realmente vejo vinculada a este assunto, é a opção em ser feliz ou viver uma mentira.
Apesar de ainda as razões não serem conclusivas, no que diz respeito as suas causas, o único fato conclusivo que nos faz olhar para a heterossexualidade como referência, é a procriação. O resto, são conceitos. Família, marido, esposa ou companheiro são apenas títulos vinculados a pessoas, que aliás, podem ser substituídas várias vezes ao longo de nossa vida.
Na verdade, não penso ser isso que importa, pois o que conta é a conduta, o respeito para com aqueles que vivem uma situação, ponto.
A evolução continua. Já existem entre nós mulheres que outrora foram homens e homens que outrora foram mulheres e não só! Mulheres que outrora foram homens heterossexuais, com uma psicologia feminina, contudo, lésbicas.
Assim, não compete a ninguém julgar. Não é um direito, tratar outra pessoa como anormal.
A heterossexualidade não é normal, é apenas comum.
Tenham uma boa semana.
Eduardo Divério.
quarta-feira, julho 12, 2006
Dilemas de Sangue
Durante nossa vida, desempenhamos diversos papéis. Começamos por ser filhos, eventualmente somos irmãos, sobrinhos, afilhados, tios, pais, cunhados e até avós. Contudo, apesar de todos estes papéis serem facilmente identificados, parece existir alguns “jogos” psicológicos que nos fazem viver papéis que não condizem com nossos predicados.
Quantos de nós vivem desempenhando múltiplos papéis? Bem, a um certo ponto de nossas vidas, numa forma natural, e ainda facilmente identificável, podemos ser filho, neto, pai e irmão, por exemplo. Mas qual o significado quando alguns papéis parecem invertidos ou simplesmente fora de lugar?
Parece que andamos mergulhados sob uma onda, em que assumir papéis invertidos conquistou um tamanho status de “fazer o quê? Assim é a vida”, que reafirmamos estes comportamentos, postulamos este meio de viver.
Emocionalmente, quantos de nós vive privado do absoluto exercício de seu papel?
Se eu sou apenas filho, devo ser pai ou ser responsabilizado como tal, mesmo sem o ser?
A resposta é óbvia, mas se eu marcar minha posição, as consquências serão de meu agrado? A teia não tem fim e somos tão vítimas quanto contraventores. Crescemos num emaranhado, num turbilhão de emoções que nos carregam pela vida sem que as percebamos, ou pior, sem que a queiramos perceber.
Não há dúvida que os laços da família são os dos mais fortes que se conhecem. Nos impedem de arriscar uma change no estrangeiro; nos impedem de viver um momento no seu máximo, devido as saudades e a dor de uma ausência e até nos fazem sentir ter deixado alguém para trás sem suporte. Mas será isso saudável? Não creio.
Temos pessoas nas nossas famílias que, num momento de extrema lucidez, numa crise de racionalidade, percemos que elas jamais seriam escolhidas para nossas amigas sequer! Porém, por mais diferentes que sejam e por mais “erradas” que nos pareçam, existe um forte campo magnético que nos mantém unidos a elas. Podemos até brigar, nos afastar e sentir alívio deste não convívio, mas no fundo, a saudade chora.
Então, não me resta saída senão ir atrás destes laços. Afinal, que laços são esses??
Eu diria que basecamente é amor. Crescemos juntos em família, cheios de momentos bons e atolado de momentos ruins, mas juntos! Conhecendo-se, esperando, perdoando, esquecendo e recebendo. Um verdadeiro exercício de paciêcia e perseverança. Esta atmosfera refletir-se-á nas nossas relações futuras, pois como é óbvio, nos educamos a amar em família e parece ficarmos modulados a isso, adestrados em um meio por onde se vive o amor.
Mas Caim matou Abel, logo o amor não parece segurar tudo tão bem como deveria. Talvez, apenas talvez, Caim sentisse um desespero por ser notado ou amado por Adão, ou Eva, ou pelos dois, e não querendo correr o risco de se rebelar contra eles nessa reinvidicancia, temendo os perder de vez, canalizou sua ira para o irmão talentoso, Abel, que tornou-se o impecílio de sua felicidade. O resto é lenda.
Vivemos a nossa vida, ano a seguir ano, entregues as artimanhas psicológicas de nosso ser. Pena isso ainda não ser tema obrigatório em escolas. Somos emocionalmente chantageados, chantageamos, ignoramos e somos ignorados. Dizemos coisas que sequer temos a noção que terá magoado alguém de forma profunda, como ouvimos algo traumático ao qual poderemos esperar a vida inteira por um perdão, sem que este sequer saiba que deveria ser proferido.
Isso, faz-nos viver papéis que não são os nossos. Por isso, temos aquelas coisas entaladas por dizer aos nossos pais, por isso temos irmãos nos culpando por sequelas de comportamentos, por isso nos ficamos onde sentíamso alívio, segurança e por isso vivemos em desarmonia e desequilíbrio numa fase aldulta.
Tenho uma dupla de amigos que outrora foram casados e acabaram por se divorciar. Anos depois, numa festa, de uns remotos amigos em comum, encontraram-se e deixaram-se levar por lembranças que os conduziram por boas gargalhadas e sem que dessem por este tema específico, estavam a falar dos sentimentos e das espectativas, das razões que os conduziram ao divórcio. Ora, como suas vidas estavam refeitas e eles já eram “outras pessoas”, permitiram-se conversar do passado, sobre o prisma de do presente e no final da conversa, contou-me ela, a sensação era que uma limpeza havia sido feita e que agora, eles tinham apenas as lembranças e sensações do que de melhor viveram juntos.
Assim, acho que devemos olhar para nós a procura dos papéis que andamos a desempenhar, e com amor, sendibilidade e equilíbrio, exercitar a acertividade de se dar a César, o que é de César. De pedir e dar perdão. Pois relacionar-se é fundamental, prazerozo, mas muito difícil.
Tenham um bom dia.
Eduardo Divério.
Durante nossa vida, desempenhamos diversos papéis. Começamos por ser filhos, eventualmente somos irmãos, sobrinhos, afilhados, tios, pais, cunhados e até avós. Contudo, apesar de todos estes papéis serem facilmente identificados, parece existir alguns “jogos” psicológicos que nos fazem viver papéis que não condizem com nossos predicados.
Quantos de nós vivem desempenhando múltiplos papéis? Bem, a um certo ponto de nossas vidas, numa forma natural, e ainda facilmente identificável, podemos ser filho, neto, pai e irmão, por exemplo. Mas qual o significado quando alguns papéis parecem invertidos ou simplesmente fora de lugar?
Parece que andamos mergulhados sob uma onda, em que assumir papéis invertidos conquistou um tamanho status de “fazer o quê? Assim é a vida”, que reafirmamos estes comportamentos, postulamos este meio de viver.
Emocionalmente, quantos de nós vive privado do absoluto exercício de seu papel?
Se eu sou apenas filho, devo ser pai ou ser responsabilizado como tal, mesmo sem o ser?
A resposta é óbvia, mas se eu marcar minha posição, as consquências serão de meu agrado? A teia não tem fim e somos tão vítimas quanto contraventores. Crescemos num emaranhado, num turbilhão de emoções que nos carregam pela vida sem que as percebamos, ou pior, sem que a queiramos perceber.
Não há dúvida que os laços da família são os dos mais fortes que se conhecem. Nos impedem de arriscar uma change no estrangeiro; nos impedem de viver um momento no seu máximo, devido as saudades e a dor de uma ausência e até nos fazem sentir ter deixado alguém para trás sem suporte. Mas será isso saudável? Não creio.
Temos pessoas nas nossas famílias que, num momento de extrema lucidez, numa crise de racionalidade, percemos que elas jamais seriam escolhidas para nossas amigas sequer! Porém, por mais diferentes que sejam e por mais “erradas” que nos pareçam, existe um forte campo magnético que nos mantém unidos a elas. Podemos até brigar, nos afastar e sentir alívio deste não convívio, mas no fundo, a saudade chora.
Então, não me resta saída senão ir atrás destes laços. Afinal, que laços são esses??
Eu diria que basecamente é amor. Crescemos juntos em família, cheios de momentos bons e atolado de momentos ruins, mas juntos! Conhecendo-se, esperando, perdoando, esquecendo e recebendo. Um verdadeiro exercício de paciêcia e perseverança. Esta atmosfera refletir-se-á nas nossas relações futuras, pois como é óbvio, nos educamos a amar em família e parece ficarmos modulados a isso, adestrados em um meio por onde se vive o amor.
Mas Caim matou Abel, logo o amor não parece segurar tudo tão bem como deveria. Talvez, apenas talvez, Caim sentisse um desespero por ser notado ou amado por Adão, ou Eva, ou pelos dois, e não querendo correr o risco de se rebelar contra eles nessa reinvidicancia, temendo os perder de vez, canalizou sua ira para o irmão talentoso, Abel, que tornou-se o impecílio de sua felicidade. O resto é lenda.
Vivemos a nossa vida, ano a seguir ano, entregues as artimanhas psicológicas de nosso ser. Pena isso ainda não ser tema obrigatório em escolas. Somos emocionalmente chantageados, chantageamos, ignoramos e somos ignorados. Dizemos coisas que sequer temos a noção que terá magoado alguém de forma profunda, como ouvimos algo traumático ao qual poderemos esperar a vida inteira por um perdão, sem que este sequer saiba que deveria ser proferido.
Isso, faz-nos viver papéis que não são os nossos. Por isso, temos aquelas coisas entaladas por dizer aos nossos pais, por isso temos irmãos nos culpando por sequelas de comportamentos, por isso nos ficamos onde sentíamso alívio, segurança e por isso vivemos em desarmonia e desequilíbrio numa fase aldulta.
Tenho uma dupla de amigos que outrora foram casados e acabaram por se divorciar. Anos depois, numa festa, de uns remotos amigos em comum, encontraram-se e deixaram-se levar por lembranças que os conduziram por boas gargalhadas e sem que dessem por este tema específico, estavam a falar dos sentimentos e das espectativas, das razões que os conduziram ao divórcio. Ora, como suas vidas estavam refeitas e eles já eram “outras pessoas”, permitiram-se conversar do passado, sobre o prisma de do presente e no final da conversa, contou-me ela, a sensação era que uma limpeza havia sido feita e que agora, eles tinham apenas as lembranças e sensações do que de melhor viveram juntos.
Assim, acho que devemos olhar para nós a procura dos papéis que andamos a desempenhar, e com amor, sendibilidade e equilíbrio, exercitar a acertividade de se dar a César, o que é de César. De pedir e dar perdão. Pois relacionar-se é fundamental, prazerozo, mas muito difícil.
Tenham um bom dia.
Eduardo Divério.
terça-feira, julho 11, 2006
Segue algo que vai "dizer" muito quem sou:
1) Somos responsáveis pelas nossas decisões e escolhas. Em qualquer idade.
2) De certo houve negligência, desrespeito e falta de suporte na infância, quando não estávamos preparados e precisávamos de orientação. Contudo, como indica o verbo no início da frase, isso tudo está no passado e é altura de, enquanto adulto, exercer a liberdade, a maturidade, o exercício que nos conduz àquilo que nos difere e defere como seres humanos.
3) Pedir perdão e perdoar é a forma mais rápida de progredir, evoluir, atravessar, avançar, ultrapassar os diversos níveis na vida.
4) Chantagem, principalmente a emocional, é uma forma muito pobre de se conseguir algo na vida.
5) A Justiça, ou ser justo, transcende o universo pessoal.
6) Você é responsável pela sua felicidade e principalmente, pela sua infelicidade.
7) Não ignore seus fantasmas. Conheça-os e se certifique que eles realmente assombram a pessoa que você é hoje.
8) A ignorância, a falta de alimentar nossas fontes, de carregar nossas “bases de dados” com mais informações, nos limita em entender conceitos, ajuizar pensamentos e exercer a justiça para além do nosso universo pessoal.
9) O que não gostamos nos outros; o que nos incomoda nos outros é, de certo, algo em nós muito mal resolvido, mal assistido.
10) Um pai e uma mãe têm o dever de educar, orientar e formar o caráter de seu filho. Entender isso, requer compreender a maioria dos ítens nesta lista.
11) Ninguém que omite seus pensamentos, que se obrigue a viver com alguém ou com situações que lhe exijam um talento teatral, apenas para se sentir aceito ou amado, pode ter equilíbrio ou ser feliz.
12) Ter inveja é o maior sinal que você anda perdendo o que de melhor tem a vida. Procura ajuda.
13) Desejar o mal a alguém, ao meu ver, é o maior sinal que 90% dos ítens acima deveriam ser revistos.
14) Vai longe o tempo que psicoterapia era para doidos. É o melhor investimento e dedicação a si mesmo que se pode fazer.
15) Habitue-se a dizer, referindo-se a características humanas, que algo é comum, no lugar de normal.
16) Pequenos detalhes, grandes indícios.
1) Somos responsáveis pelas nossas decisões e escolhas. Em qualquer idade.
2) De certo houve negligência, desrespeito e falta de suporte na infância, quando não estávamos preparados e precisávamos de orientação. Contudo, como indica o verbo no início da frase, isso tudo está no passado e é altura de, enquanto adulto, exercer a liberdade, a maturidade, o exercício que nos conduz àquilo que nos difere e defere como seres humanos.
3) Pedir perdão e perdoar é a forma mais rápida de progredir, evoluir, atravessar, avançar, ultrapassar os diversos níveis na vida.
4) Chantagem, principalmente a emocional, é uma forma muito pobre de se conseguir algo na vida.
5) A Justiça, ou ser justo, transcende o universo pessoal.
6) Você é responsável pela sua felicidade e principalmente, pela sua infelicidade.
7) Não ignore seus fantasmas. Conheça-os e se certifique que eles realmente assombram a pessoa que você é hoje.
8) A ignorância, a falta de alimentar nossas fontes, de carregar nossas “bases de dados” com mais informações, nos limita em entender conceitos, ajuizar pensamentos e exercer a justiça para além do nosso universo pessoal.
9) O que não gostamos nos outros; o que nos incomoda nos outros é, de certo, algo em nós muito mal resolvido, mal assistido.
10) Um pai e uma mãe têm o dever de educar, orientar e formar o caráter de seu filho. Entender isso, requer compreender a maioria dos ítens nesta lista.
11) Ninguém que omite seus pensamentos, que se obrigue a viver com alguém ou com situações que lhe exijam um talento teatral, apenas para se sentir aceito ou amado, pode ter equilíbrio ou ser feliz.
12) Ter inveja é o maior sinal que você anda perdendo o que de melhor tem a vida. Procura ajuda.
13) Desejar o mal a alguém, ao meu ver, é o maior sinal que 90% dos ítens acima deveriam ser revistos.
14) Vai longe o tempo que psicoterapia era para doidos. É o melhor investimento e dedicação a si mesmo que se pode fazer.
15) Habitue-se a dizer, referindo-se a características humanas, que algo é comum, no lugar de normal.
16) Pequenos detalhes, grandes indícios.